Avaliação da mão inclui exame físico e, às vezes, artrocentese (ver Como fazer uma artrocentese da articulação metacarpofalângica).
(Ver também Avaliação do paciente com sintomas articulares.)
Exame da mão
MEDICAL RF.COM/SCIENCE PHOTO LIBRARY
O exame da mão é feito (1)
Inspeção
Palpação
Teste da amplitude de movimento e da força
Testes de compressão
Avaliação da aparência geral da mão. Observação da mão primeiro na posição funcional ou posição em descanso; normalmente, os quirodáctilos se flexionam de modo uniforme e não ficam paralelos entre si. Em vez disso, eles convergem e apontam para um único ponto no punho. Em seguida, observar a mão com os quirodáctilos retos e flexionados em 90° nas articulações metacarpofalângicas (MCF); normalmente, as unhas devem estar todas paralelas no mesmo plano quando vistas de frente. (Ver também Exame físico dos distúrbios da mão e Dor poliarticular.)
Inspecionar a mão procurando deformidades macroscópicas, eritema e edema, particularmente nas articulações MCF e interfalângicas. Observar as lesões da pele e unhas, como também atrofia muscular no dorso da mão entre os metacarpos e na palma, especialmente na eminência tenar e a eminência hipotenar.
Palpar a mão delicadamente para verificar aumento do calor, a seguir fazer a palpação bimanual sistemática em busca de sensibilidade em cada um dos ossos e das articulações. O uso de apenas um dedo para palpar pode ajudar a isolar uma área sensível ou levemente edemaciada.
Testar a amplitude geral de movimento e a força pedindo que o paciente primeiro cerre o punho ao redor do primeiro e segundo dedos do examinador e, a seguir, estendendo e abrindo completamente todos os dedos do paciente contra resistência à compressão pelo polegar e indicador do examinador.
Avaliar a amplitude de movimento e a força de cada dedo, começando só com o polegar e sua capacidade de fazer oposição à ponta de cada um dos outros dedos (apertado firmemente), enquanto o examinador tenta passar com o dedo indicador no local da preensão. Avaliar cada um dos quirodáctilos:
Testar o nervo interósseo posterior pedindo que o paciente faça a abdução do dedo indicador contra resistência e, a seguir, o polegar.
Cada um dos tendões flexores profundos são isolados estabilizando a articulação interfalângica proximal (IFP) no local e pedindo que o paciente flexione a ponta do dedo (isto é, articulação interfalângica distal [IFD]). Os tendões flexores superficiais flexionam as articulações IFD.
O dedo em gatilho é detectado pedindo-se que o paciente flexione cada dedo enquanto o examinador palpa o tendão flexor na parte distal da prega palmar; um nódulo pode ser sentido na polia a1 (primeiro anular); a palpação firme pode detectar um nódulo sensível.
Detectar a estabilidade do ligamento colateral ulnar (nos pacientes com lesão do polegar), estabilizando a articulação MCF do polegar com uma das mãos e aplicando força radial à ponta do polegar com a outra mão. Comparação com o lado não afetado pode ser necessária.
Testar a tenossinovite De Quervain (inflamação dos extensores e abdutores do polegar) pedindo que o paciente feche os dedos sobre o polegar flexionado, seguido por desvio ulnar passivo suave, o que causará dor.
Avaliar a compressão:
A síndrome do túnel do carpo (nos pacientes com parestesia do polegar até o dedo médio) é avaliada por meio de compressão direta, teste de Tinel e teste de Phalen. No teste de Tinel, a percussão sobre o túnel carpal causa parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano, ou, ocasionalmente, irradiando para o antebraço. No teste de Phalen, pedir que o paciente mantenha o punho flexionado a 90° durante 1 minuto causa parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano.
Testar a síndrome do túnel cubital (compressão do nervo ulnar no túnel cubital) nos pacientes com parestesia no quinto quirodáctilo, percutindo o túnel cubital, o que causará parestesia no quarto e quinto quirodáctilos. O túnel cubital está localizado no cotovelo entre o epicôndilo medial e o olécrano.
Pode-se avaliar lesão de nervo digital testando a discriminação entre dois pontos na ponta dos dedos. Utilizar um compasso ou um clipe de papel dobrado. O teste é primeiramente demonstrado para o paciente e a seguir feito com o paciente mantendo seus olhos fechados. Utilizar inicialmente um espaçamento amplo do compasso que o paciente possa diferenciar com clareza. Tocar a face lateral da ponta do dedo, às vezes apenas em um ponto e às vezes em dois pontos simultaneamente, diminuindo o espaçamento gradualmente até que o paciente não consiga mais diferenciar um ponto de dois. Medir a menor distância que o paciente consegue discriminar. Repetir o exame no lado não comprometido. A capacidade de discriminação normalmente deve ser de aproximadamente 2 mm em cada lado.
Referência
1. Kenney RJ, Hammert WC: Physical examination of the hand. J Hand Surg Am 39(11):2324-2334, 2014. doi:10.1016/j.jhsa.2014.04.026