O dedo em gatilho é a inflamação, às vezes com fibrose subsequente, dos tendões e das bainhas dos dedos.
(Ver também Visão geral e avaliação dos distúrbios das mãos.)
DR P. MARAZZI/SCIENCE PHOTO LIBRARY
O dedo em gatilho é idiopático, mas é comum em pacientes com artrite reumatoide ou diabetes mellitus. O uso repetitivo das mãos (como pode ocorrer quando se utiliza tesouras de jardinagem pesadas) pode contribuir. Em pacientes com diabetes, o dedo em gatilho frequentemente coexiste com síndrome do túnel do carpo e ocasionalmente com fibrose da fáscia palmar. As mudanças patológicas começam com espessamento ou nódulo dentro do tendão; quando localizadas no local da primeira polia anelar, o espessamento ou os nódulos bloqueiam extensão ou flexão suave do dedo. Os nódulos são frequentemente sensíveis ao toque. O dedo pode travar em flexão ou “engatilhar”, estendendo repentinamente com um estalo.
Diagnóstico de dedo em gatilho
Avaliação clínica
O diagnóstico de dedo em gatilho baseia-se amplamente na descrição do paciente de estalido ou travamento doloroso do dedo afetado durante os movimentos de flexão e extensão. Isso pode ser observado no exame físico se o paciente for solicitado a abrir e fechar a mão. Sensibilidade, com ou sem nódulo, pode estar presente na base do dedo. Exames de imagem não são necessários para o diagnóstico.
Tratamento do dedo em gatilho
Medidas conservadoras
Às vezes, infiltração de corticoides
Algumas vezes, cirurgia
O tratamento da inflamação e dor agudas é feito pelo uso de tala, calor úmido local e doses de anti-inflamatórios de AINEs.
Se tais medidas falharem, infiltração de corticoide na bainha tendinosa do flexor junto com o uso de tala pode fornecer segurança, alívio rápido da dor e do engatilhamento (1). A liberação operatória pode ser feita se a terapia com corticoide falhar.
Referência sobre tratamento
1. Giugale JM, Fowler JR: Trigger Finger: Adult and Pediatric Treatment Strategies. Orthop Clin North Am. 2015;46(4):561-569. doi:10.1016/j.ocl.2015.06.014