Professional edition active

Ferimentos infectados por mordidas na mão

PorDavid R. Steinberg, MD, Perelman School of Medicine at the University of Pennsylvania
Reviewed ByBrian F. Mandell, MD, PhD, Cleveland Clinic Lerner College of Medicine at Case Western Reserve University
Revisado/Corrigido: modificado mai. 2024
v8354933_pt
Visão Educação para o paciente

Recursos do assunto

Um pequeno de ferimento, particularmente de mordida de ser humano ou gato, pode envolver uma significante lesão em tendão, cápsula articular ou cartilagem articular. A causa mais comum de mordidas humanas é a lesão induzida pelo dente à articulação metacarpofalângica como resultado de soco na boca (lesão de punho fechado). A flora oral dos seres humanos contém Eikenella corrodens, estafilococos, estreptococos e anaeróbios. Os pacientes com esses tipos de lesões tendem a esperar horas ou dias após a ocorrência do ferimento antes de procurar atenção médica, o que aumenta a gravidade da infecção. Normalmente, as mordidas dos animais contêm patógenos múltiplos em potencial, incluindo Pasteurella multocida (particularmente em mordidas de gatos), estafilococos, estreptococos e anaeróbios. As complicações sérias incluem artrite infecciosa e osteomielite.

(Ver também Visão geral e avaliação dos distúrbios das mãos.)

Diagnóstico das feridas por mordidas infectadas

  • Avaliação clínica

  • Geralmente radiografias

  • Culturas da ferida de rotina

Eritema e dor localizada junto à mordida sugerem infecção. Sensibilidade ao longo do tendão sugere envolvimento da bainha tendinosa. Piora significante da dor com o movimento sugere infecção da articulação ou da bainha tendinosa.

Embora o diagnóstico das feridas infectadas por mordida da mão seja clínico, deve-se fazer radiografias para detectar fraturas, dentes ou outros corpos estranhos que possam ser a causa da continuidade da infecção.

Tratamento das feridas por mordidas infectadas

  • Desbridamento

  • Antibióticos

O tratamento das feridas infectadas por mordida é feito por desbridamento cirúrgico com a ferida deixada aberta e antibioticoterapia.

A antibioticoterapia empírica ambulatorial costuma ser feita com amoxicilina-clavulanato 500 mg por via oral 3 vezes ao dia ou a associação de penicilina 500 mg por via oral 4 vezes ao dia (para E. corrodens, P. multocida, estreptococos e anaeróbios) junto com uma cefalosporina (p. ex., cefalexina 500 mg por via oral 4 vezes ao dia) ou uma penicilina semissintética (p. ex., dicloxacilina 500 mg por via oral 4 vezes ao dia) para cobrir o estafilococo. Em áreas onde SARM for prevalente, sulfametoxazol/trimetoprima, clindamicina, doxiciclina ou linezolida devem ser utilizados em vez de cefalosporina. Se o paciente for alérgico à penicilina, 300 mg por via oral, a cada 6 horas, de clindamicina pode ser utilizado.

A mão deve ser imobilizada com tala em posição funcional e elevada. Contudo, imobilização prolongada dos dedos deve ser evitada para evitar rigidez articular e garantir a recuperação funcional.

As mordidas não infectadas podem exigir desbridamento cirúrgico e profilaxia com 50% da dose do antibiótico utilizado para tratar as feridas infectadas.

Tala em posição funcional (extensão do punho em 20 graus, flexão da articulação metacarpofalângica em 60 graus, discreta flexão interfalângica)

Test your KnowledgeTake a Quiz!
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS