- Visão geral e avaliação dos distúrbios das mãos
- Deformidade em botoeira
- Síndrome do túnel do carpo
- Síndrome do túnel cubital
- Síndrome de De Quervain
- Dedo em gatilho (tenossinovite estenosante dos flexores)
- Contratura de Dupuytren
- Panarício
- Gânglios
- Panarício herpético
- Ferimentos infectados por mordidas na mão
- Tenossinovite infecciosa do flexor
- Doença de Kienböck
- Osteoartrite da mão
- Abscesso palmar
- Síndrome do túnel radial
- Deformidade em pescoço de cisne
A tenossinovite infecciosa do flexor é uma infecção aguda dentro da bainha do tendão flexor. O diagnóstico é sugerido pelos sinais de Kanavel e confirmado com radiografias. O tratamento é a drenagem cirúrgica e a antibioticoterapia.
(Ver também Visão geral e avaliação dos distúrbios das mãos.)
A causa mais comum da tenossinovite infecciosa do flexor é a penetração e o inóculo bacteriano da bainha.
Diagnóstico da tenossinovite infecciosa do flexor
Sinais de Kanavel
Radiografias
Cultura da secreção ou da amostra cirúrgica
A tenossinovite infecciosa do flexor produz o sinal de Kanavel:
Posição flexora de descanso do dedo
Edema fusiforme
Sensibilidade ao longo da bainha do tendão flexor
Dor com a extensão passiva do dedo
Radiografias devem ser obtidas para detectar corpos estranhos ocultos. Tendinite calcificante aguda e artrite reumatoide podem restringir os movimentos e provocar dor na bainha tendinosa, porém, ela pode ser diferenciada da tenossinovite infecciosa do flexor pelo início mais gradual e a ausência de alguns sinais de Kanavel.
Infecção gonocócica disseminada pode causar tenossinovite, mas frequentemente envolve múltiplas articulações (particularmente nos pulsos, dedos, tornozelos e dedos do pé) e os pacientes normalmente tem febre recente, exantema, poliartralgias migratórias e, frequentemente, fatores de risco de doenças sexualmente transmissíveis. A infecção da bainha do tendão pode envolver micobactérias não tuberculosas, mas, em geral, essas infecções são mais indolentes, especialmente em pacientes imunocomprometidos (1). Deve-se obter a história de exposição a aquários ou outras águas paradas para determinar o risco de infecção por Mycobacterium marinum.
Referência sobre diagnóstico
1. Kazmers NH, Fryhofer GW, Gittings D, et al: Acute deep infections of the upper extremity: The utility of obtaining atypical cultures in the presence of purulence. J Hand Surg Am 42(8):663.e1-663.e8, 2017. doi: 10.1016/j.jhsa.2017.05.004. Epub 2017 May 25. PMID: 28550986.
Tratamento da tenossinovite infecciosa do flexor
Drenagem cirúrgica e antibióticos
O tratamento da tenossinovite infecciosa do flexor é feito por drenagem cirúrgica (p. ex., irrigação da bainha tendínea pela inserção de uma cânula na extremidade do tendão e permitindo que a solução de irrigação passe pela bainha do tendão até a outra extremidade; uma extensa incisão aberta em caso de infecções mais graves).
Também é necessário instituit uma antibioticoterapia (inicialmente empírica com uma cefalosporina) e fazer cultura. Em áreas onde o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) é prevalente, sulfametoxazol/trimetoprima, clindamicina, doxiciclina ou linezolida devem ser utilizados em vez de uma cefalosporina. A escolha dos antibióticos, no final das contas, deve ser orientada pelos dados de microbiologia e sensibilidade, se disponíveis. O laboratório de microbiologia deve ser alertado se houver suspeita de infecção micobacteriana ou fúngica.