- Visão geral das vitaminas
- Biotina e ácido pantotênico
- Deficiência de folato
- Deficiência de niacina
- Toxicidade da niacina
- Deficiência de riboflavina
- Deficiência de tiamina
- Deficiência de vitamina A
- Toxicidade da vitamina A
- Deficiência e dependência de vitamina B6
- Toxicidade da vitamina B6
- Deficiência de vitamina B12
- Deficiência de vitamina C
- Toxicidade da vitamina C
- Deficiência e dependência de vitamina D
- Toxicidade da vitamina D
- Deficiência de vitamina E
- Toxicidade da vitamina E
- Deficiência de vitamina K
- Toxicidade da vitamina K
Quantidades relativamente altas de vitamina E não costumam fazer mal, mas às vezes ocorre fraqueza muscular, fadiga, náuseas e diarreia. O risco mais importante é o de sangramento, principalmente com doses > 1000 mg por dia.
A vitamina E abrange um grupo de componentes (incluindo tocoferóis e tocotrienóis) que têm atividades biológicas semelhantes. O mais biologicamente ativo é o alfa-tocoferol, mas beta, gama e delta-tocoferóis, 4 tocotrienóis e vários estereoisômeros também podem ter atividade biológica significativa. Esses componentes agem como antioxidantes, que previnem a peroxidação lipídica dos ácidos graxos poli-insaturados na membrana celular (ver tabela Fontes, funções e efeitos das vitaminas). As principais fontes de vitamina E nos alimentos são os óleos vegetais e as oleaginosas.
Os níveis de tocoferol plasmático variam de acordo com os níveis de lipídios plasmáticos. Normalmente, o nível plasmático de alfa-tocoferol é de 5 a 20 mcg/mL (11,6 a 46,4 mcmol/L).
Doses altas de suplementos de vitamina E não protegem contra câncer ou doenças cardiovasculares, e a US Preventive Services Task Force recomenda não ingerir vitamina E para esse objetivo (1); é controverso se os suplementos podem proteger contra discinesia tardia. Não há evidências convincentes de que doses de vitamina E natural de até2.000 unidades internacionais/dia (1.340 mg de alfa-tocoferol/dia) desaceleram a progressão da doença de Alzheimer ou reduzem o risco de câncer; um estudo sugeriu maior risco de câncer de próstata com a suplementação de vitamina E (2). Não está claro se a suplementação de vitamina E afeta o risco de AVE (3).
Embora a quantidade de vitamina E em alimentos e suplementos enriquecidos seja dada em unidades, as recomendações atuais são utilizar miligramas de alfa-tocoferol.
Muitos adultos tomam grandes quantidades diárias de vitamina E (400 a 800 mg/dia de alfa-tocoferol) por meses a anos sem danos aparentes. Ocasionalmente, ocorrem fraqueza muscular, fadiga, náuseas e diarreia. O risco mais significativo é o de sangramento. Entretanto, esta é incomum, a menos que a dose seja > 1000 mg/dia ou em pacientes que consomem cumarina ou varfarina. Assim, o limite superior para adultos com ≥ 19 anos de idade é de 1000 mg para qualquer forma de tocoferol.
Trata-se a toxicidade por vitamina E interrompendo ou reduzindo a ingestão da vitamina para abaixo do limite superior de 1.000 mg por dia.
(Ver também Visão geral das vitaminas.)
Referências
1. Moyer VA; U.S. Preventive Services Task Force. Vitamin, mineral, and multivitamin supplements for the primary prevention of cardiovascular disease and cancer: U.S. Preventive services Task Force recommendation statement. Ann Intern Med. 2014;160(8):558-564. doi:10.7326/M14-0198
2. Klein EA, Thompson IM Jr, Tangen CM, et al: Vitamin E and the risk of prostate cancer: The Selenium and Vitamin E Cancer Prevention Trial (SELECT). JAMA 306(14):1549-56, 2011. doi: 10.1001/jama.2011.1437
3. Loh HC, Lim R, Lee KW, et al. Effects of vitamin E on stroke: a systematic review with meta-analysis and trial sequential analysis. Stroke Vasc Neurol. 2021;6(1):109-120. doi:10.1136/svn-2020-000519