Fosfocreatina é um composto armazenado no músculo; cede fosfato ao difosfato de adenosina (ADP) e assim repõe ATP durante a contração muscular anorganismo aeróbia. É sintetizada endogenamente no fígado a partir de arginina, glicemia e metionina. As fontes alimentares são leite, carne e alguns peixes.
(Ver também Visão geral dos suplementos alimentares.)
Alegações
Alega-se que a creatina melhore o desempenho físico e atlético e reduza a fadiga.
Evidências
Algumas evidências sugerem que a creatina é eficaz em aumentar o desempenho em um esforço máximo de curta duração (p. ex., corrida de curta distância, remo, levantamento de peso). Um pequeno estudo realizado durante 6 semanas com 22 adultos fisicamente ativos também mostrou que a ingestão de creatina durante as sessões de treinamento de resistência pode melhorar a força muscular (1). O uso terapêutico de creatina foi comprovado na deficiência muscular de fosforilase [doença de armazenamento de glicogênio tipo V (doença de McArdle)] e na atrofia circular da coroide e retina; os dados iniciais também sugerem possíveis efeitos na doença de Parkinson e esclerose lateral amiotrófica.
Muitos ensaios clínicos demonstraram que a complementação alimentar com a creatina é bem tolerada e pode aumentar a massa muscular. Esses efeitos podem ser observados nas pessoas saudáveis normais e também como meio de ajudar no tratamento das doenças musculares e melhorar o estado funcional e a qualidade de vida dos pacientes com distúrbios musculares ou osteoartrite (2-4).
Efeitos adversos
A creatina pode causar ganho de peso, possivelmente pelo aumento de massa muscular e aumentos espúrios nas concentrações de creatinina no sangue. Sintomas gastrointestinais leves, cefaleia, desidratação, irritabilidade e agressividade, edema, desequilíbrio eletrolítico e cãibras musculares são relatados de forma anedótica.
Interações medicamentosas
Nenhuma interação farmacológica está bem documentada, mas o uso da creatina pode aumentar o risco de fármacos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), que afetam a função renal. Além disso, a cafeína pode diminuir o benefício da creatina ao reduzir sua produção de energia.
Referências
1. Mills S, Candow DG, Forbes SC, et al: Effects of creatine supplementation during resistance training sessions in physically active young adults. Nutrients 12(6):1880, 2020. doi:10.3390/nu12061880
2. Kley RA, Tarnopolsky MA, Vorgerd M: Creatine for treating muscle disorders. Cochrane Database Syst Rev (6):CD004760, 2013. doi: 10.1002/14651858.CD004760.pub4
3. Branch JD: Effect of creatine supplementation on body composition and performance: a meta-analysis. Int J Sport Nutr Exerc Metab 13(2):198-226, 2003. doi:10.1123/ijsnem.13.2.198
4. Neves M Jr, Gualano B, Roschel H, et al: Beneficial effect of creatine supplementation in knee osteoarthritis. Med Sci Sports Exerc 43(8):1538-1543, 2011. doi: 10.1249/MSS.0b013e3182118592
Informações adicionais
O recurso em inglês a seguir pode ser útil. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo deste recurso.
National Institutes of Health (NIH), National Center for Complementary and Integrative Health: Dietary Supplements Marketed for Weight Loss, Bodybuilding, and Sexual Enhancement: What the Science Says