Toxicidade de cobre

PorLarry E. Johnson, MD, PhD, University of Arkansas for Medical Sciences
Revisado/Corrigido: jul. 2023
Visão Educação para o paciente

O cobre (Cu) é um componente de várias proteínas corporais; quase todo o cobre do corpo está ligado a proteínas do cobre. Os íons livres de cobre são tóxicos. Mecanismos genéticos controlam a incorporação do cobre às apoproteínas e aos processos que previnem a acumulação tóxica de cobre no corpo. O cobre absorvido em excesso em relação às necessidades metabólicas é excretado pela bile.

(Ver também Visão geral das deficiências e toxicidades dos minerais.)

A toxicidade do cobre pode ser adquirida ou herdada (como na doença de Wilson).

A toxicidade de cobre adquirida pode resultar da ingestão ou absorção de cobre em excesso (p. ex., pela ingestão de alimento ou bebida ácida que tenha tido contato prolongado com recipiente de cobre). Pode ocorrer gastroenterite autolimitada com náuseas, vômito e diarreia.

Uma toxicidade mais grave resulta da ingestão (normalmente com intenção suicida) de sal de cobre (p. ex., sulfato de cobre) ou da absorção de grandes quantidades pela pele (p. ex., se compressas saturadas com uma solução de sal de cobre forem aplicadas em grandes áreas de pele queimada). Anemia hemolítica e anúria podem ocorrer e ser fatais.

A cirrose infantil na Índia, a cirrose infantil não indiana e a toxicidade idiopática de cobre são provavelmente distúrbios idênticos, nos quais o excesso de cobre causa a cirrose. Todos parecem ser causados pela ingestão de leite fervido ou armazenado em cobre corroído ou em latões de embarcações. Estudos sugerem que lactentes com toxicidade idiopática por cobre podem apresentar defeito genético ainda não identificado.

O diagnóstico da toxidade por cobre adquirida geralmenteexige a biópsia hepática, que pode revelar corpos hialinos de Mallory.

Tratamento da toxicidade do cobre

  • Quelação

  • Medidas de suporte

Para toxicidade de cobre decorrente da ingestão de gramas de cobre, é realizada lavagem gástrica imediata.

A toxicidade do cobre que causa complicações como anemia hemolítica, anúria ou hepatotoxicidade também é tratada com um dos seguintes quelantes:

  • Penicilamina oral 250 mg a cada 6 horas a 750 mg a cada 12 horas (1.000 a 1.500 mg/dia em 2 a 4 doses)

  • Dimercaprol 3 a 5 mg/kg IM a cada 4 horas durante 2 dias, a seguir a cada 4 a 6 horas

Se utilizada precocemente, a hemodiálise pode ser eficaz.

Ocasionalmente, a toxicidade de cobre pode ser fatal, apesar do tratamento.

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