Deficiência de cobre

PorLarry E. Johnson, MD, PhD, University of Arkansas for Medical Sciences
Revisado/Corrigido: jul. 2023
Visão Educação para o paciente

O cobre (Cu) é um componente de várias proteínas corporais; quase todo o cobre do corpo está ligado a proteínas do cobre.

Deficiência de cobre pode ser adquirida ou hereditária.

(Ver também Visão geral das deficiências e toxicidades dos minerais.)

Deficiência de cobre adquirida

Se os mecanismos genéticos que controlam o metabolismo do cobre estão normais, a deficiência alimentar raramente causa deficiência de cobre clinicamente significativa (exceto na nutrição parenteral total com suplementação insuficiente). As causas incluem

  • Deficiência grave de proteínas na infância

  • Diarreia infantil persistente (geralmente associada com uma dieta limitada a leite)

  • Má absorção grave (como em espru ou fibrose cística)

  • Cirurgia bariátrica (em que a deficiência de vitamina B12 também pode estar presente)

  • Ingestão excessiva de zinco

A deficiência pode causar neutropenia, calcificação óssea prejudicada, mielopatia, neuropatia (com sintomas semelhantes à deficiência de vitamina B12) e anemia hipocrômica não responsiva a suplementos de ferro.

O diagnóstico da deficiência de cobre adquirida se baseia em baixos níveis séricos de cobre e de ceruloplasmina, embora esses exames nem sempre sejam confiáveis.

O tratamento da deficiência de cobre adquirida é direcionado para a causa, e administra-se 1,5 a 3 mg/dia por via oral de cobre (normalmente sob forma de sulfato de cobre).

Deficiência de cobre hereditária (síndrome de Menkes)

A deficiência de cobre hereditária corre em lactentes do sexo masculino que herdam um gene mutante ligado ao cromossomo X. A incidência é cerca de 1 em 100.000 a 250.000 nascimentos vivos. O cobre é deficiente no fígado, no soro e nas proteínas essenciais do cobre, incluindo citocromo-C oxidase, ceruloplasmina e lisil oxidase.

(Ver também Doença de Wilson.)

Sinais e sintomas de deficiência hereditária de cobre

Os sintomas da deficiência de cobre hereditária são incapacidade intelectual grave, vômito, diarreia, enteropatia com perda de proteína, hipopigmentação, mudanças ósseas, ruptura arterial e cabelo esparso, ralo ou espetado.

A maioria das crianças afetadas morre aos 10 anos de idade.

Diagnóstico da deficiência de cobre hereditária

  • Níveis de cobre sérico e ceruloplasmina

O diagnóstico da deficiência de cobre hereditária baseia-se em baixos níveis de cobre e ceruloplasmina no soro. Embora diagnóstico precoce e tratamento pareçam resultar em melhor prognóstico, o distúrbio é idealmente detectado em crianças com menos de 2 semanas de idade. Contudo, a acurácia desses exames é limitada. Assim, outros testes estão sendo desenvolvidos.

Tratamento da deficiência de cobre hereditária

  • Histidina cobre

Normalmente, administra-se cobre parenteral na dose de 250 mcg de histidina de cobre por via subcutânea, duas vezes ao dia desde o nascimento até 1 ano de idade; então 250 mcg por via subcutânea uma vez ao dia após o primeiro ano; monitoramento da função renal é essencial durante o tratamento. Suplementação IV pode ser utilizada para tratar problemas graves de deficiência de cobre.

Apesar do tratamento precoce, muitas crianças apresentam desenvolvimento neurológico anormal.

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