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Distúrbios renais durante a gravidez

PorLara A. Friel, MD, PhD, University of Texas Health Medical School at Houston, McGovern Medical School
Revisado porOluwatosin Goje, MD, MSCR, Cleveland Clinic, Lerner College of Medicine of Case Western Reserve University
Revisado/Corrigido: nov. 2023 | modificado abr. 2024
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A gravidez geralmente não causa a piora de uma doença renal. Geralmente, as doenças renais apenas pioram em gestantes com hipertensão arterial mal controlada. Se as gestantes tiverem doenças renais, elas são mais propensas a desenvolverem hipertensão arterial, incluindo a pré-eclâmpsia (um tipo de hipertensão arterial que se desenvolve durante a gravidez).

Ter uma doença renal crônica antes de engravidar aumenta o risco de o feto não crescer tanto quanto esperado (pequeno para a idade gestacional) ou de ser natimorto. Ter uma doença renal grave geralmente impede a mulher de concluir a gestação.

Tanto a função renal, a pressão arterial, como o crescimento do feto são monitoradas de perto em gestantes com doença renal. Se a doença renal for grave, é possível que a mulher precise ser internada no hospital após a 28.ª semana de gravidez, a fim de que o repouso seja garantido, a pressão arterial possa ser bem controlada e o feto possa ser monitorado mais de perto.

A mulher que tiver realizado um transplante renal normalmente consegue ter um parto seguro e dar à luz a bebês saudáveis, caso ela atenda aos seguintes requisitos:

  • O transplante tem vigorado há dois anos ou mais

  • Função renal normal

  • Nenhum episódio de rejeição

  • Pressão arterial normal

A mulher com doença renal que precisa fazer hemodiálise em intervalos costumam ter um alto risco de apresentar complicações na gravidez, incluindo aborto espontâneo, natimorto, parto prematuro e pré-eclâmpsia. Porém, devido aos avanços no tratamento da diálise, até 90% dos bebês nascidos dessas mulheres sobrevivem.

Geralmente, o parto é necessário antes da data prevista, pois a mulher apresenta pré-eclâmpsia ou o feto não cresce tanto quanto o esperado. É possível que o médico colete e analise amostras do líquido que envolve o feto (líquido amniótico). Esse procedimento, denominado amniocentese, auxilia o médico a determinar se os pulmões do feto estão desenvolvidos o suficiente para respirar, e assim, quando o bebê pode nascer em segurança.

O parto por cesariana é realizado às vezes, mas em outros casos o parto normal é possível.

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