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Deficiência seletiva de anticorpos com imunoglobulinas normais

PorJames Fernandez, MD, PhD, Cleveland Clinic Lerner College of Medicine at Case Western Reserve University
Revisado porBrian F. Mandell, MD, PhD, Cleveland Clinic Lerner College of Medicine at Case Western Reserve University
Revisado/Corrigido: modificado out. 2024
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A deficiência seletiva de anticorpos com imunoglobulinas normais é caracterizada pela resposta inadequada a certos tipos de antígenos (substâncias estranhas no corpo), mas não outros, mesmo as pessoas tendo níveis normais ou quase normais de anticorpos (imunoglobulinas).

  • As pessoas com deficiência seletiva de anticorpos e imunoglobulinas normais apresentam infecções pulmonares e dos seios nasais frequentes.

  • Os médicos diagnosticam a doença medindo os níveis de imunoglobulina no sangue e avaliando como as pessoas respondem às vacinas.

  • O tratamento inclui vacinação com vacinas de pneumococos conjugados, antibióticos para tratar e prevenir infecções e, às vezes, imunoglobulinas.

(Consulte também Considerações gerais sobre imunodeficiências.)

Os anticorpos (imunoglobulinas) são substâncias produzidas pelo sistema imunológico para ajudar a defender o corpo contra infecções, câncer e substâncias estranhas. Existem cinco classes de imunoglobulinas: imunoglobulina A (IgA), IgD, IgE, IgG e IgM. Cada classe ajuda a proteger o organismo contra infecções de forma diferente. A deficiência de um ou mais tipos de imunoglobulina aumenta o risco de infecção séria.

A deficiência seletiva de anticorpos com imunoglobulinas normais é uma imunodeficiência primária. É uma das imunodeficiências mais comuns responsáveis causar infecções pulmonares e dos seios nasais frequentes. As pessoas com este distúrbio apresentam uma resposta imunológica inadequada a certas vacinas (denominadas vacinas de polissacarídeos), como uma forma da vacina pneumocócica.

As vacinas contêm antígenos de bactérias ou vírus contra os quais elas devem proteger. Normalmente, o sistema imunológico do corpo responde a uma vacina produzindo substâncias (como anticorpos) e mobilizando os leucócitos que reconhecem e/ou atacam as bactérias ou vírus específicos contidos na vacina. Assim, sempre que pessoas vacinadas são expostas à bactéria ou vírus específico, automaticamente o sistema imunológico produz esses anticorpos e toma outras medidas para prevenir ou atenuar a doença. As pessoas com deficiência seletiva de anticorpos não produzem anticorpos em resposta a vacinas de polissacarídeos.

As pessoas afetadas apresentam muitas infeções dos seios nasais e pulmões e, algumas vezes, sintomas de alergias, como coriza e obstrução nasal crônica (rinite), eritema e asma. A gravidade do distúrbio varia.

Algumas crianças apresentam uma forma do distúrbio que se resolve espontaneamente com o tempo.

Diagnóstico

  • Exames de sangue para medir níveis de imunoglobulina e a resposta a vacinas

Crianças não são testadas para este distúrbio antes dos dois anos de idade, porque crianças pequenas saudáveis podem ter infecções pulmonares e dos seios nasais frequentes e uma resposta fraca a determinadas vacinas.

Os testes consistem de exames de sangue para medir os níveis de imunoglobulinas e avaliar a capacidade do corpo em produzir imunoglobulinas em resposta às vacinas. Níveis normais de anticorpos e uma resposta inadequada a certas vacinas confirmam o diagnóstico.

Tratamento

  • Vacinação com vacina pneumocócica conjugada

  • Antibióticos para tratar infecções

  • Algumas vezes imunoglobulinas

Como parte da rotina de vacinação infantil, crianças são vacinadas com a vacina pneumocócica conjugada para prevenir contra infecções pneumocócicas. Crianças com deficiência seletiva de anticorpos e imunoglobulinas normais respondem a esta vacina, que difere da vacina pneumocócica de polissacarídeos.

É feito o tratamento das infecções dos seios nasais e dos pulmões bem como dos sintomas alérgicos. Ocasionalmente, quando as infecções continuam a recorrer após o tratamento, pessoas recebem antibióticos (como amoxicilina e trimetoprima/sulfametoxazol) para prevenir a recorrência de infecções.

Em raros casos, quando as infecções recorrem frequentemente a despeito do uso desses antibióticos, as pessoas recebem injeções de imunoglobulina (anticorpos obtidos do sangue de pessoas com sistema imunológico normal). A imunoglobulina pode ser injetada em uma veia (via intravenosa) ou sob a pele (via subcutânea).

Mais informações

O seguinte recurso em inglês pode ser útil. Vale ressaltar que O Manual não é responsável pelo conteúdo deste recurso.

  1. Immune Deficiency Foundation: Outros distúrbios de deficiência de anticorpos: Informações abrangentes sobre as deficiências seletivas de anticorpos, incluindo informações sobre diagnóstico e tratamento e conselhos para pessoas afetadas

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