Professional edition active

Problemas de alimentação na infância

PorStephen Brian Sulkes, MD, Golisano Children’s Hospital at Strong, University of Rochester School of Medicine and Dentistry
Reviewed ByAlicia R. Pekarsky, MD, State University of New York Upstate Medical University, Upstate Golisano Children's Hospital
Revisado/Corrigido: abr. 2023 | modificado nov. 2024
v1104283_pt
Visão Educação para o paciente

Problemas de alimentação vão desde a variabilidade de apetite própria da idade a transtornos de alimentação graves ou potencialmente fatais como anorexia nervosa, bulimia nervosa ou compulsão alimentar. Problemas de alimentação também podem ser resultado de superalimentação e obesidade (ver também Obesidade na adolescência).

Pais de crianças pequenas preocupam-se, ou porque a criança não come o suficiente, ou porque come demais, ou porque come alimentos errados, ou porque se recusa a comer determinados tipos de alimentos (ver também Transtorno de ingestão de alimentos esquivo/restritivo), ou porque emprega comportamentos inapropriados no horário das refeições (p. ex., dá a comida para o animal de estimação, às escondidas, atirando ou deixando cair o alimento intencionalmente).

A avaliação inclui frequência do problema, duração e intensidade. Altura e peso são medidos e representados em gráficos apropriados [ver gráficos de crescimento da Organização Mundial da Saúde (nascimento até os 2 anos) e gráficos de crescimento dos Centers for Disease Control and Prevention (depois dos 2 anos de idade)]. Frequentemente quando se mostra aos pais que pelas curvas as crianças estão crescendo normalmente, suas preocupações são de que a ingestão muitas vezes diminua.

As crianças devem ser avaliadas pelos graves distúrbios alimentares se

  • Verbalizam preocupações persistentes sobre aparência ou peso.

  • O peso diminui ou se estabiliza em uma idade em que se espera crescimento e ganho ponderal.

  • O peso começa a aumentar em uma velocidade mais rápida e perceptível do que a taxa de crescimento prévia.

Entretanto, a maioria dos problemas alimentares não dura o tempo suficiente para acarretar distúrbios de crescimento e desenvolvimento. Se a criança parece bem e o crescimento está consistentemente progredindo dentro de um intervalo aceitável, os pais devem ser tranquilizados e encorajados a minimizar os conflitos e a coerção relacionados ao ato de comer. Preocupação parental prolongada e excessiva pode de fato contribuir para transtornos alimentares subsequentes.

É improvável que tentativas de forçar alimentos aumentem a ingestão; a criança pode manter o alimento na boca ou vomitar. Os pais devem oferecer alimento à mesa, junto à família, sem distrações como televisão, bichos de estimação, e demonstrar pouca emoção quando colocam o alimento em frente da criança. O alimento deve ser retirado após 20 ou 30 minutos sem comentários sobre o que comeu ou deixou de comer. A criança deve participar da limpeza do alimento que foi jogado ou intencionalmente derrubado no chão. Estas técnicas, juntamente com a restrição de alimentos, restabelecem o apetite e a relação entre a quantidade e as necessidades alimentares da criança.

(Ver também Visão geral dos problemas de comportamento na infância.)

Informações adicionais

Os recursos em inglês a seguir podem ser úteis. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

  1. World Health Organization: Growth charts (birth until age 2 years)

  2. Centers for Disease Control and Prevention: Growth charts (after age 2 years)

Test your KnowledgeTake a Quiz!
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS