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Evasão escolar

PorStephen Brian Sulkes, MD, Golisano Children’s Hospital at Strong, University of Rochester School of Medicine and Dentistry
Reviewed ByAlicia R. Pekarsky, MD, State University of New York Upstate Medical University, Upstate Golisano Children's Hospital
Revisado/Corrigido: abr. 2023 | modificado nov. 2024
Visão Educação para o paciente

A resistência escolar ocorre em aproximadamente 5% das crianças em idade escolar e afeta meninos e meninas. Em geral, ocorre entre as idades de 5 e 11 anos.

A causa da evasão escolar nem sempre está clara, mas fatores psicológicos (p. ex., ansiedade, depressão) e fatores sociais (p. ex., falta de amigos, sentimento de ser rejeitado pelos colegas, intimidação) podem contribuir. Se a evasão escolar se agrava ao ponto de a criança começar a faltar vários dias de aula, o comportamento pode ser uma indicação de problemas mais graves como transtorno depressivo infantil ou um ou mais transtornos de ansiedade, especialmente o transtorno de ansiedade social, o transtorno de ansiedade de separação e/ou o transtorno de pânico. Um fator de diferenciação é que crianças com esquiva escolar só manifestam dificuldades em relação à escola, enquanto em outros transtornos as crianças têm também sintomas envolvendo outras áreas de suas vidas. Uma criança sensível pode estar tendo uma super-reação ao rigor e às reprimendas do professor. Mudanças nos funcionários da escola ou currículo escolar podem desencadear resistência à escola em crianças com necessidades educativas especiais.

Crianças menores tendem a manifestar reclamações somáticas (p. ex., dor de estômago, náuseas) ou dar desculpas para não ir à escola. Algumas crianças simplesmente se recusam a ir para a escola. Alternativamente, as crianças podem ir à escola sem dificuldade, mas se tornam ansiosas ou desenvolvem sintomas físicos durante as aulas indo parar na enfermaria da escola com certa frequência. Esse comportamento é diferente do encontrado em adolescentes, que podem decidir não mais frequentar as aulas; o absentismo crônico costuma estar presente em crianças com transtorno de conduta.

Na ausência de uma doença grave subjacente, a evasão escolar tende a resultar de

  • Desempenho acadêmico ruim

  • Dificuldades familiares

  • Dificuldades com os pares

A maioria das crianças supera o problema, mas alguns têm recaída após uma doença ou após as férias.

Professores particulares em casa geralmente não é uma solução. Estas crianças deveriam retornar imediatamente para a escola e não atrasar suas tarefas escolares. Se a evasão escolar é tão intensa que interfere nas atividades da criança e se a criança não responde à atenção dos pais ou professores, é aconselhável seu encaminhamento para um especialista em saúde mental.

O tratamento deve englobar boa comunicação entre os pais e professores, frequência escolar regular com aconselhamento na escola (se disponível), e, às vezes, psicoterapia envolvendo a família e a criança. A terapia inclui o tratamento de transtornos subjacentes, adaptação do currículo escolar para crianças com deficiência de aprendizagem ou outras necessidades educacionais especiais e técnicas de comportamento para lidar com o estresse na escola.

(Ver também Visão geral dos problemas de comportamento na infância.)

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