Nutrição dos lactentes

PorDeborah M. Consolini, MD, Thomas Jefferson University Hospital
Revisado/Corrigido: set. 2023
Visão Educação para o paciente

Se não houve complicações no parto e o neonato estiver ativo e saudável, ele pode ser levado para a mãe alimentá-lo imediatamente. O sucesso da amamentação melhora se o neonato for levado ao peito tão cedo quanto possível, após o parto. Após a alimentação, é comum a eliminação de muco por causa do relaxamento da musculatura lisa gastresofágica, porém deve diminuir dentro de 48 horas. Se, passadas as 48 horas, persistir a eliminação de muco ou vômito, especialmente se bilioso, deve-se completar a avaliação dos tratos gastrointestinais alto e respiratório, necessários para detectar anomalias congênitas do trato gastrointestinal.

As necessidades calóricas e de líquidos variam com a idade e são proporcionalmente maiores em neonatos e lactentes do que em crianças maiores e adultos (ver tabela Necessidades calóricas nas diferentes idades). As necessidades relacionadas com proteínas e energia (g ou kcal/kg de peso corpóreo) diminuem progressivamente do lactente para o adolescente (ver tabela Recomendações de referência para a ingestão alimentar diária de alguns macronutrientes [Food and Nutrition Board, Institute of Medicine of the National Academies]), mas as necessidades absolutas aumentam.

Deve-se alimentar os recém-nascidos sob demanda, tipicamente cerca de 8 a 12 vezes por dia. A ingestão média por alimentação nos primeiros dias pode ser de apenas 15 a 30 mL. Após 48 horas, os sinais de que a alimentação é adequada incluem um lactente aparentemente satisfeito após cada alimentação, ter 6 a 8 fraldas úmidas por dia e evacuações regulares, dormir bem, manter-se alerta quando acordado e ganhar peso.

As recomendações nutricionais geralmente não são baseadas em evidências. Os requisitos vitamínicos dependem da fonte de nutrição (p. ex., leite materno versus leite em pó convencional), fatores dietéticos maternos e ingestão diária.

Tabela
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Problemas alimentares

Pequenas variações na ingestão alimentar no dia a dia são comuns e, embora elas costumem preocupar os pais, geralmente só exigem tranquilização e orientação, a menos que haja sinais de doença ou alterações nos parâmetros de crescimento, particularmente peso (mudanças no percentil da curva de crescimento da criança são mais significativas do que as absolutas).

Perdas > 5 a 7% do peso de nascimento na primeira semana indicam desnutrição. Lactentes amamentados devem recuperar o peso ao nascimento em 2 semanas (mais cedo em lactentes alimentados com fórmula); espera-se um subsequente ganho de cerca de 20 a 30 g/dia nos primeiros meses de vida. Os lactentes devem dobrar o peso corpóreo até o 5o mês.

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