Kuru

PorBrian Appleby, MD, Case Western Reserve University
Revisado/Corrigido: jul. 2024
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Kuru é uma doença causada por príons que agora ocorre raramente, quase nunca. Ela causa deterioração rápida da função mental e perda de coordenação. Esta doença já foi comum entre os nativos das terras altas de Papua Nova Guiné e era transmitida pelo canibalismo, que fazia parte do ritual funerário nativo.

    (Consulte também Considerações gerais sobre doenças causadas por príons).

    Os cientistas se interessaram no kuru, principalmente porque mostra como as doenças causadas por príons podem ser transmitidas de pessoa a pessoa.

    Até o início da década de 60, kuru era bem comum em Papua Nova Guiné. Provavelmente os príons eram adquiridos durante um ritual funerário, que envolvia comer os tecidos de um parente morto como sinal de respeito (chamado canibalismo ritual). O kuru provavelmente começou quando os tecidos contaminados com príons de uma pessoa com a doença de Creutzfeldt-Jakob eram comidos. O kuru era mais frequente entre as mulheres e as crianças, porque a elas era dado o cérebro para comer, que era mais infeccioso. Esses rituais foram proibidos desde a década de 50 e o kuru foi praticamente eliminado. Hoje em dia, poucas pessoas desenvolvem kuru, se houver. Entretanto, foram relatados onze casos de kuru entre 1996 e 2004. Esses casos sugerem que, depois que uma pessoa for infectada, pode levar mais de 50 anos para começarem a surgir sintomas.

    Os primeiros sintomas de kuru incluem perda de coordenação (ataxia), dificuldade de caminhar e tremores semelhantes a calafrios (kuru significa tremer).

    Mais tarde, podem surgir movimentos involuntários anômalos, como contorções lentas repetitivas ou espasmos rápidos dos membros e do resto do corpo (chamado coreoatetose). Os membros tornam-se rígidos e os músculos apresentam espasmos (chamada mioclonia). As emoções podem passar, subitamente, de tristeza à alegria, com explosões repentinas de risadas. As pessoas com kuru tornam-se dementes e, por fim, apáticas, incapazes de falar e desinteressadas em relação ao que as rodeia.

    A maioria das pessoas com kuru morre em até 24 meses depois do aparecimento dos sintomas, geralmente como consequência de uma pneumonia ou de uma infecção devido a úlceras de decúbito (úlceras de pressão).

    Nenhum tratamento eficaz está disponível. O tratamento de kuru tem como foco o alívio dos sintomas

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