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Infertilidade inexplicada

PorRobert W. Rebar, MD, Western Michigan University Homer Stryker M.D. School of Medicine
Reviewed ByOluwatosin Goje, MD, MSCR, Cleveland Clinic, Lerner College of Medicine of Case Western Reserve University
Revisado/Corrigido: fev. 2024 | modificado jul. 2024
Visão Educação para o paciente

Em geral, considera-se a infertilidade inexplicável quando o sêmen no parceiro masculino é normal, e oócitos, ovulação, tubas uterinas e útero são normais na parceira.

(Ver também Visão geral da infertilidade.)

Alguns especialistas discordam dessa definição e recomendam a continuação de testes para outras causas, mesmo quando o homem tem sêmen normal e a mulher tem ovulação e tubas uterinas normais. Outros especialistas, que aceitam a definição acima, recomendam começar tratamentos empíricos.

Tratamento da infertilidade inexplicada

  • Estimulação ovariana controlada

  • Fertilização in vitro

(Ver também Evidence-based treatments for couples with unexplained infertility: A guideline, from the Practice Committee of the American Society for Reproductive Medicine.)

Pode-se utilizar estimulação ovariana controlada (EOC) para que a probabilidade da gestação seja maior e alcançada mais cedo. Esse procedimento estimula o desenvolvimento de folículos múltiplos (hiperestimulação ovariana controlada); o objetivo é induzir a ovulação com > 1 um oócito (superovulação). No entanto, a EOC pode resultar em gestação múltipla, o que aumenta os riscos e a morbidade.

A EOC envolve os seguintes:

  • Administração de letrozol ou clomifeno com hCG por cerca de 3 ciclos menstruais para desencadear ovulação

  • A inseminação intrauterina nos 2 dias subsequentes à administração de hCG

  • Se a gestação não ocorrer, utilizar gonadotrofinas (preparações que contêm hormônio folículo-estimulante purificado ou recombinante, e quantidades variáveis de hormônio luteinizante) com hCG para ativar a ovulação, seguido de inseminação intrauterina (alguns médicos começam com gonadotrofinas em vez de clomifeno ou letrozol)

Pode ser necessário o uso de progestágeno durante a fase lútea para maximizar a probabilidade da implantação. A dose de gonadotrofina pode variar, dependendo da idade da paciente e de sua reserva ovariana.

Como a gestação multifetal é de risco, frequentemente os médicos utilizam diretamente a fertilização in vitro e evitam a estimulação ovariana controlada (EOC).

Prognóstico para infertilidade inexplicada

A taxa de gestação é a mesma (cerca de 65%), se for utilizada a fertilização in vitro imediatamente após o tratamento malsucedido com clomifeno e hCG, ou se inseminação intrauterina e gonadotrofinas forem utilizadas logo antes da tentativa de fertilização in vitro.

Mas quando a fertilização in vitro é feita imediatamente após tratamento malsucedido com clomifeno mais hCG, as mulheres engravidam mais rapidamente e gestaçãoes multifetal de alta ordem (≥ 3 fetos) são mais prováveis quando gonadotrofinas são utilizadas primeiro. Assim, se o tratamento com clomifeno além de hCG não for bem sucedido, mais médicos agora recomendam a fertilização in vitro como o próximo tratamento. Dados indicam que mulheres acima de 38 anos com infertilidade inexplicada engravidam mais rapidamente e com menor custo quando se realiza a fertilização in vitro em vez de optar pela estimulação ovariana controlada. (1).

Referência sobre prognóstico

  1. 1. Goldman MB, Thornton KL, Ryley D, et al: A randomized clinical trial to determine optimal infertility treatment in older couples: The forty and over treatment trial (FORT-T). Fertil Steril 101(6):1574–1581, 2014. doi:10.1016/j.fertnstert.2014.03.012

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