A eritromelalgia consiste em uma perturbadora vasodilatação paroxística de pequenas artérias nos pés e nas mãos e, menos comumente, na face, nas orelhas ou nos joelhos; causa dor em queimação, aumento da temperatura da pele e rubor.
Esse raro distúrbio pode ser
Primário (causa desconhecida)
Também pode ser secundário a
Doenças mieloproliferativas (p. ex., policitemia vera, trombocitemia)
Doenças da medula espinal
Menos comumente, a doença está relacionada com o uso de alguns medicamentos (p. ex., nifedipino, bromocriptina).
Uma forma hereditária rara de eritromelalgia começa no nascimento ou durante a infância.
Os sintomas incluem dor em queimação, calor e rubor nos pés ou nas mãos que perdura de alguns minutos a várias horas. Na maioria dos pacientes, os sintomas são desencadeados pelo calor (temperaturas de 29 a 32° C) e são tipicamente aliviados por imersão em água gelada. Não há alterações tróficas. Os sintomas podem permanecer leves por anos ou se tornarem graves o suficiente para causar incapacidade total. A disfunção vasomotora generalizada é comum e síndrome de Raynaud pode ocorrer.
O diagnóstico da eritromelalgia é clínico. O teste é feito para detectar causas. Como a eritromelalgia pode preceder um distúrbio mieloproliferativo em alguns anos, pode-se indicar a realização repetida de hemogramas.
O diagnóstico diferencial inclui distrofias reflexas pós-traumáticas, síndrome ombro-mão, neuropatia periférica, causalgia, doença de Fabry e celulite bacteriana.
O tratamento da eritromelalgia consiste em evitar o calor, repouso, elevação dos membros e aplicação de frio. Na eritromelalgia primária, a gabapentina pode ser benéfica. Na eritromelalgia secundária, trata-se a doença subjacente; o ácido acetilsalicílico pode ser útil quando a causa for um distúrbio mieloproliferativo.