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Manometria

PorJonathan Gotfried, MD, Lewis Katz School of Medicine at Temple University
Reviewed ByMinhhuyen Nguyen, MD, Fox Chase Cancer Center, Temple University
Revisado/Corrigido: modificado jan. 2025
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Visão Educação para o paciente

A manometria é a aferição da pressão de várias partes do trato digestório.

A manometria é realizada com a introdução pela boca ou pelo ânus de um catéter contendo transdutor em estado sólido ou preenchido por líquido no lúmen do órgão a ser estudado. A manometria costuma ser realizada para avaliar distúrbios de motilidade em pacientes com lesões estruturais já afastadas pela realização prévia de outros exames. A manometria é utilizada no esôfago, estômago, duodeno, músculo esfíncter da ampola hepatopancreática e reto.

Exceto por um discreto desconforto, as complicações são bastante raras. Os pacientes devem estar em jejum após a meia-noite.

A planimetria por impedância pode complementar a manometria e fornecer informações adicionais.

Manometria anorretal

Nesse teste, um transdutor de pressão é colocado no ânus para avaliar o mecanismo do esfíncter anorretal e a sensibilidade retal em pacientes com incontinência fecal ou obstipação. Pode ajudar no diagnóstico da doença de Hirschsprung, de distúrbios da evacuação e fornecer treinamento por biofeedback para a incontinência fecal (1).

Um balão de baróstato pode ser inflado durante o teste para avaliar a sensibilidade e acomodação retais. O teste de expulsão de balão, que é frequentemente realizado em conjunto com manometria anorretal, permite uma avaliação objetiva da função de evacuação.

Referência sobre manometria anorretal

  1. 1. Wald A, Bharucha AE, Cosman BC, Whitehead WE. ACG clinical guideline: management of benign anorectal disorders. Am J Gastroenterol. 2014;109(8):1141-1058. doi:10.1038/ajg.2014.190

Barostato

É um dispositivo sensor de pressão que é colocado no trato gastrointestinal para medir a acomodação. Consiste em um balão plástico e um controlador eletrônico que regula a quantidade de ar no balão para manter sua pressão constante.

Sua utilização se restringe principalmente a protocolos de pesquisa que estudam a sensibilidade e percepção visceral, em particular nos distúrbios funcionais do trato digestório.

Manometria esofágica

Esse teste é utilizado para avaliar pacientes com disfagia, queimação, regurgitação ou dor torácica. Permite a aferição da pressão dos esfíncteres esofágicos superior e inferior, determina a eficácia e coordenação dos movimentos propulsores e detecta contrações anormais.

A manometria esofágica é utilizada para diagnosticar distúrbios da motilidade esofágica como acalasia, espasmo distal, esclerodermia, e hipotensão e hipertensão do esfíncter esofágico inferior. Ela também é utilizada para avaliar a anatomia e função esofágica, como a hérnia de hiato, antes de certos procedimentos terapêuticos (p. ex., cirurgia antirrefluxo, dilatação pneumática para acalasia).

A manometria de alta resolução mupode ser combinada a teste de planimetria de impedância para avaliar simultaneamente o trânsito do bolus ao longo do esôfago nos testes de deglutição (1, 2).

Referências sobre manometria esofágica

  1. 1. Gyawali CP, Carlson DA, Chen JW, et al. ACG clinical guidelines: Clinical use of esophageal physiologic testing. Am J Gastroenterol. 115(9):1412–1428, 2020. doi: 10.14309/ajg.0000000000000734

  2. 2. Hirano I, Pandolfino JE, Boeckxstaens GE. Functional lumen imaging probe for the management of esophageal disorders: Expert review from the clinical practice updates committee of the AGA Institute. Clin Gastroenterol Hepatol. 15(3):325–334, 2017. doi: 10.1016/j.cgh.2016.10.022

Manometria gastroduodenal

Neste exame, posicionam-se transdutores no antro gástrico, no duodeno e no jejuno proximal. A pressão é monitorada por 5 a 24 horas em jejum e após a alimentação.

Esse teste é utilizado principalmente em pacientes com sintomas sugestivos de distúrbio de dismotilidade, mas que apresentam resultados de exames de esvaziamento gástrico normais ou que não respondem ao tratamento. Pode ajudar a determinar se os sintomas ou a falta de motilidade do paciente resultam de um distúrbio muscular (amplitude de contração anormal, mas padrão normal) ou distúrbio neurológico (padrão de contração irregular, mas amplitude normal).

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