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Larva migratória cutânea

(Bicho geográfico)

PorJames G. H. Dinulos, MD, Geisel School of Medicine at Dartmouth
Reviewed ByKaren McKoy, MD, MPH, Harvard Medical School
Revisado/Corrigido: out. 2023 | modificado dez. 2024
Visão Educação para o paciente

Larva migrans cutânea é uma manifestação na pele de infestação por ancilóstomo. O diagnóstico é clínico. O tratamento é terapia anti-helmíntica oral ou tópica.

Recursos do assunto

A larva migratória cutânea é causada por Ancylostoma spp, mais comumente oriundas de gatos e cães (Ancylostoma braziliense).

Ovas de ancilostomídeos nas fezes de cães ou gatos se transformam em larvas infectantes quando deixadas em solo úmido ou areia quente. A transmissão ocorre quando a pele entra em contato direto com o solo ou areia contaminados e a larva penetra na pele não protegida, geralmente nos pés, pernas, glúteos ou dorso.

A larva migratória cutânea é observada em todo o mundo, sendo mais comum nos trópicos. Acredita-se que a emergência dessa condição em países previamente livres dela decorra de mudanças climáticas (1).

A larva migrans cutânea causa prurido intenso. Sinais são pápulas e eritema no local da penetração, seguida de um trajeto sinuoso por um túnel filiforme subcutâneo de cor vermelho-amarronzada. Os pacientes também podem desenvolver pápulas e vesículas que se assemelham à foliculite, chamada foliculite por ancilóstomo.

A larva migratória cutânea pode ser complicada por uma reação pulmonar autolimitada, denominada síndrome de Löffler (infiltrado pulmonar em placas com eosinofilia sanguínea periférica) (2).

O diagnóstico da larva migrans cutânea é por história e aparência clínica.

Referências gerais

  1. 1. Ahmed A, Hemaida MA, Hagelnur AA, et al: Sudden emergence and spread of cutaneous larva migrans in Sudan: A case series calls for urgent actions. IDCases 32:e01789, 2023. doi: 10.1016/j.idcr.2023.e01789

  2. 2. Podder I, Chandra S, Gharami RC: Loeffler's syndrome following cutaneous larva migrans: An uncommon sequel. Indian J Dermatol 61(2):190–192, 2016. doi: 10.4103/0019-5154.177753

Tratamento da larva migratória cutânea

  • Terapia anti-helmíntica oral ou tópica

Embora, em geral, a infecção desapareça espontaneamente após algumas semanas, o desconforto e risco de infecção bacteriana secundária justificam o tratamento.

O tratamento consiste em terapia anti-helmíntica com agentes orais ou tópicos. Em geral, preferem-se medicamentos orais, pois normalmente eles são bem tolerados e mais fáceis de utilizar e obter do que agentes tópicos. Ivermectina e albendazol orais são opções de tratamento eficazes. Pomada de albendazol tópica a 10% (composta) e tiabendazol 15% na apresentação líquida ou de creme (composto) podem ser utilizados como alternativas.

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