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Qualidade de vida em adultos mais velhos

PorRichard G. Stefanacci, DO, MGH, MBA, Thomas Jefferson University, Jefferson College of Population Health
Revisado porMichael R. Wasserman, MD, California Association of Long Term Care Medicine
Revisado/Corrigido: mar. 2024 | modificado jul. 2024
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A qualidade de vida costuma ser definida como o grau de saúde, conforto e capacidade de participar ou desfrutar de atividades e ocasiões especiais. Assim, ela é muito subjetiva. O que uma pessoa considera como qualidade de vida pode ser muito diferente da opinião de outra pessoa. Para muitas pessoas, a qualidade de vida costuma girar em torno da saúde e das opções de cuidados de saúde; por isso, quando as pessoas e os seus médicos tomam decisões sobre questões médicas, devem considerar o efeito na qualidade de vida.

Ao discutir a qualidade de vida, os adultos mais velhos, seus cuidadores e seus médicos devem ter o seguinte em mente

  • As melhores decisões médicas variam de pessoa para pessoa.

  • Essas decisões não dependem apenas da idade.

  • Evitar linguagem e atitudes que sugiram viés contra adultos mais velhos (etarismo) é importante. Por exemplo, as pessoas não devem presumir que alguém com uma idade específica não deve receber certos cuidados médicos ou não participar de certas atividades simplesmente devido à sua idade.

O etarismo pode levar a um excesso ou falta de cuidados e afetar negativamente a qualidade de vida.

Qualidade de vida relacionada à saúde

A forma como a saúde afeta a qualidade de vida depende da pessoa. Os fatores que contribuem para uma melhor qualidade de vida relacionada à saúde incluem os seguintes:

  • Prevenir sintomas desconfortáveis (tais como dor, falta de ar, náusea ou constipação)

  • Sentir-se emocionalmente saudável (ou seja, feliz, resiliente e calmo)

  • Ser capaz de realizar atividades normais da vida diária (como tomar banho, vestir-se e ir ao banheiro)

  • Manter relações próximas com amigos e familiares

  • Desfrutar de atividades sociais

  • Sentir-se satisfeito com os aspectos médicos e com os arranjos financeiros para cuidados de saúde

  • Ter uma imagem corporal saudável e senso de sexualidade (incluindo relações íntimas)

Alguns dos fatores que influenciam negativamente a qualidade de vida relacionada à saúde incluem

  • Comprometimento mental

  • Incapacidade

  • Dor crônica

  • Dependência de cuidadores

  • Isolamento social

Esses fatores podem ser óbvios para as pessoas e seus médicos. Por exemplo, a maioria das pessoas considera que evitar ou controlar a dor crônica é um objetivo óbvio para manter uma alta qualidade de vida.

Outros fatores conectados à qualidade de vida como, por exemplo, a qualidade dos relacionamentos íntimos, influências culturais, religião, espiritualidade, valores pessoais e experiências passadas com cuidados de saúde, podem não ser tão óbvios.

Existem ainda outros fatores, como os determinantes sociais da saúde (DSS), que influenciam a qualidade de vida. Os DSS representam as condições nos locais onde as pessoas vivem, aprendem, trabalham e se divertem que afetam uma ampla gama de riscos e resultados de saúde e de qualidade de vida.

A forma como alguns fatores afetam a qualidade de vida pode não ser necessariamente prevista. Além disso, alguns fatores que acabam afetando a qualidade de vida não podem ser previstos.

Igualmente, as perspectivas sobre a qualidade de vida podem mudar com as circunstâncias. Por exemplo, após a morte do cônjuge, a qualidade de vida de uma pessoa pode mudar e afetar os objetivos dos cuidados de saúde.

Comunicação com profissionais de saúde

As pessoas devem conversar com os seus médicos e outros profissionais de saúde sobre a sua qualidade de vida e o efeito dos seus problemas de saúde na sua vida. As pessoas e os profissionais de saúde devem trabalhar juntos para definir os objetivos de saúde. Mesmo as pessoas com demência ou comprometimento cognitivo leve podem informar seus objetivos e preferências quando os profissionais de saúde recorrem a explicações e perguntas simples. Pode ser útil ter familiares presentes durante a discussão de objetivos de uma pessoa com comprometimento cognitivo.

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