Muitos adolescentes se envolvem em atividades sexuais, mas podem não ter sido plenamente informados sobre contracepção, gravidez e infecções sexualmente transmissíveis, incluindo infecção pelo vírus da hepatite C e pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Impulsividade, falta de planejamento e uso concomitante de drogas e álcool diminuem a probabilidade de que os adolescentes usem métodos contraceptivos e métodos de proteção de barreira (como preservativos).
(Consulte também Introdução aos problemas em adolescentes.)
Contracepção em adolescentes
Qualquer um dos métodos contraceptivos de adultos pode ser usado por adolescentes, mas o problema mais comum diz respeito ao cumprimento. Algumas garotas adolescentes, por exemplo, se esquecem de tomar o contraceptivo oral diariamente ou param completamente de tomá-lo e podem não substituí-lo por outro método contraceptivo. Ainda que preservativos masculinos sejam a forma mais frequentemente usada de contracepção, ainda há percepções que podem inibir o uso consistente. Por exemplo, os adolescentes podem achar que os preservativos diminuem o prazer e interferem no “amor romântico”. Algumas adolescentes também se sentem envergonhadas em pedir ao parceiro para usar preservativos durante o sexo. Formas de contracepção de longo prazo, como dispositivos intrauterinos (DIUs), injeções hormonais que duram três meses ou mais ou implantes sob a pele que podem ser eficazes por vários anos, são populares entre meninas adolescentes.
Gravidez na adolescência
A gravidez também pode ser uma fonte significativa de estresse para os adolescentes.
Adolescentes grávidas e seus parceiros tendem a abandonar a escola ou o estágio, piorando assim sua situação econômica, baixando sua autoestima e sobrecarregando os relacionamentos pessoais. É menos provável que adolescentes grávidas recebam assistência pré-natal em comparação a adultas grávidas, o que resulta em gravidez com resultados piores, como taxas mais altas de parto prematuro. Adolescentes grávidas, particularmente as que são bastante jovens e aquelas que não estão recebendo acompanhamento pré-natal, têm mais probabilidade de ter problemas médicos, como anemia (quando o organismo não tem uma quantidade suficiente de glóbulos vermelhos saudáveis) e pré-eclâmpsia (hipertensão arterial e proteína na urina que pode causar prejudicar o feto) que as mulheres na faixa dos vinte anos.
Bebês de adolescentes mais jovens (especialmente aquelas com menos de 15 anos de idade) são mais propensos a nascer prematuramente e ter baixo peso ao nascimento. Contudo, com cuidados pré-natais adequados, adolescentes com mais idade não correm risco mais elevado de problemas de gravidez do que adultas com antecedentes sociais e econômicos semelhantes.
Uma adolescente grávida pode optar por continuar ou interromper a gravidez. Uma adolescente grávida pode criar seu filho sozinha ou juntamente com o pai da criança, possivelmente com o apoio de membros da família, ou pode optar por desistir da criança voluntariamente (adoção).
Todas as opções podem causar estresse emocional. Aconselhamento tanto para a garota quanto para seu parceiro pode ser muito útil. O aconselhamento também deve incluir orientações sobre o uso de contracepção após a gravidez.
Os pais de um(a) adolescente podem ter reações diferentes quando seu filho engravidou alguém ou quando sua filha está grávida. As emoções podem variar, indo desde angústia à empolgação, apatia, decepção ou raiva. É importante que os pais expressem seu apoio e disposição para ajudar o(a) adolescente a ponderar suas escolhas. Os pais e adolescentes precisam conversar abertamente sobre aborto, adoção e maternidade/paternidade, todas as quais são opções difíceis para o(a) adolescente encarar sozinho(a).