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Vaginose bacteriana (VB)

PorOluwatosin Goje, MD, MSCR, Cleveland Clinic, Lerner College of Medicine of Case Western Reserve University
Revisado porSusan L. Hendrix, DO, Michigan State University College of Osteopathic Medicine
Revisado/Corrigido: mar. 2023 | modificado abr. 2024
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Fatos rápidos
A vaginose bacteriana é um quadro clínico comum que ocorre quando ocorre alguma alteração no equilíbrio de bactérias na vagina (microbioma vaginal).

  • A vaginose bacteriana causa um corrimento ralo de cor verde-amarelada ou acinzentada que pode ser abundante e ter odor fétido.

  • Se os sintomas sugerirem uma infecção vaginal, o médico examina uma amostra do corrimento e/ou do líquido do colo do útero e a analisa quanto à presença de organismos infecciosos.

  • O tratamento consiste em antibióticos, aplicados na forma de gel ou creme ou tomados por via oral.

  • A vaginose bacteriana é mais comum em mulheres com uma infecção sexualmente transmissível.

(consulte também Considerações gerais sobre infecções vaginais).

Causas da vaginose bacteriana

Muitos tipos de bactérias residem normalmente na vagina. Um tipo, o chamado lactobacilo, mantém a acidez normal da vagina. Ao fazer isso, os lactobacilos ajudam a manter o revestimento da vagina saudável e previnem o crescimento de certas bactérias que causam infecções. A vaginose bacteriana ocorre quando o número de lactobacilos protetores diminui e o número de outras bactérias que estão normalmente presentes (por exemplo, as bactérias Gardnerella vaginalis e Peptostreptococcus) aumenta.

A vaginose bacteriana é uma alteração no equilíbrio das bactérias (microbioma vaginal). Ela não é considerada uma infecção sexualmente transmissível. A vaginose bacteriana pode ocorrer em pessoas que nunca tiveram ou não tiveram atividade sexual recentemente. No entanto, ela está associada a alguns aspectos da atividade sexual. A presença de uma infecção sexualmente transmissível atual é um fator de risco para o surgimento da vaginose bacteriana e, em contrapartida, as pessoas com vaginose bacteriana têm um risco maior de adquirir uma infecção sexualmente transmissível. Em alguns casos de vaginose bacteriana, se o tratamento não for bem‑sucedido, é útil tratar os parceiros sexuais.

Sintomas da vaginose bacteriana

Na vaginose bacteriana, o corrimento vaginal pode ser ralo, de cor verde‑amarelada ou acinzentada e ter um forte odor fétido. É possível que o odor fique mais intenso após a relação sexual e durante a menstruação. Coceira, vermelhidão e inchaço não são comuns.

A vaginose bacteriana está associada a possíveis complicações sérias, tais como doença inflamatória pélvica e, em gestantes, infecção das membranas que envolvem o feto (infecção intra-amniótica), trabalho de parto prematuro e parto prematuro e infecções uterinas após o parto ou após um aborto induzido.

Diagnóstico da vaginose bacteriana

  • Avaliação médica

  • Análise de uma amostra do corrimento e/ou do líquido do colo do útero

Se a menina ou a mulher tiver um corrimento vaginal que seja incomum ou dure mais de alguns dias, ela deve consultar um médico.

O médico suspeita que a mulher está com vaginose bacteriana com base nos sintomas, tais como a presença de corrimento vaginal de cor acinzentada ou verde-amarelada que tem odor fétido. Depois disso, ele faz perguntas sobre o corrimento e outras doenças possíveis (por exemplo, infecções sexualmente transmissíveis).

Os médicos fazem um exame pélvico para confirmar o diagnóstico. Ao examinar a vagina, o médico coleta uma amostra do corrimento com um cotonete. A amostra é examinada por microscopia. Munido das informações geradas por esse exame, o médico geralmente consegue identificar a causa dos sintomas. Se os resultados forem inconclusivos, outros exames podem ser feitos usando as amostras coletadas durante o exame pélvico.

Normalmente, o médico também usa um cotonete para coletar uma amostra de líquido do colo do útero (a parte inferior do útero que se abre para a vagina). Essa amostra será analisada quanto à presença de infecções sexualmente transmissíveis.

Para determinar se existem outras infecções na pelve, o médico verifica o útero e os ovários, inserindo os dedos indicador e médio utilizando luva dentro da vagina e pressionando do lado de fora da parte inferior do abdômen com a outra mão. Caso essa manobra cause dor significativa ou se houver febre, é possível que outras infecções estejam presentes.

Tratamento da vaginose bacteriana

  • Antibióticos

A vaginose bacteriana é tratada com um antibiótico (por exemplo, metronidazol ou clindamicina). O metronidazol tomado por via oral é o tratamento preferido para mulheres que não estão grávidas. Outros tratamentos incluem metronidazol ou clindamicina administrados por via vaginal. A mulher que usa clindamicina em creme não deve usar produtos à base de látex (preservativos ou diafragmas) para o controle da natalidade, pois o creme enfraquece o látex.

Outro tratamento possível é o antibiótico secnidazol. Sua vantagem é a necessidade de apenas uma dose.

Você sabia que...

  • Alguns cremes antibióticos vaginais utilizados para tratar a vaginose bacteriana enfraquecem os preservativos e os diafragmas à base de látex.

Os médicos preferem tratar gestantes com metronidazol ou clindamicina administrados por via vaginal.

Quando tratada, a vaginose bacteriana geralmente se resolve em poucos dias, mas frequentemente se repete. Se ela se repetir com frequência, talvez seja necessário tomar antibióticos por várias semanas ou meses.

O tratamento dos parceiros sexuais não é recomendado.

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