Que criança não tem dificuldade em ficar sentada quietinha?
Essa realidade torna difícil para os pais distinguirem entre uma criança saudável e cheia de energia e uma cuja dificuldade em prestar atenção ou comportamento impulsivo é um sinal de transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH). Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças relatam que está havendo um aumento nos diagnósticos de TDAH. De acordo com uma pesquisa recente da Harris Poll realizada para os Manuais MSD, mais da metade dos americanos (52%) conhece pessoalmente alguém que foi diagnosticado com TDAH.
Ainda assim, o diagnóstico de TDAH continua a ser controverso. Sete em cada dez americanos naquela mesma pesquisa concordaram moderada ou fortemente que a TDAH está sendo excessivamente diagnosticada na cultura atual. Essa percepção pode gerar muita incerteza para pais que se perguntam se seu filho ou filha deve ser testado(a) quanto ao TDAH e o que um diagnóstico pode significar para o futuro. Alguns pais podem resistir ao teste ou diagnóstico de TDAH para seus filhos. Eles não querem o estigma ou esperam que a criança supere essa fase. Mas se o comportamento estiver afetando o sucesso ou a felicidade da criança, é sempre melhor conversar com um pediatra o quanto antes para explorar todas as opções disponíveis.
Para ajudar a esclarecer essa confusão, aqui estão três coisas que todos os pais devem saber enquanto estiverem explorando o diagnóstico e tratamento de TDAH para seu filho ou filha.
1. Um diagnóstico de TDAH leva tempo
TDAH é um transtorno mental que se desenvolve no momento ou logo após o nascimento, mas os sintomas normalmente não ficam aparentes até a idade de quatro ou cinco anos e, muitas vezes, não até que as crianças estejam no ensino fundamental ou médio. Os sintomas se enquadram em duas categorias:
- Impulsividade: Impaciência excessiva, inquietação, incapacidade de permanecer parado
- Desatenção: Dificuldade de concentração, dificuldade em fazer tarefas tranquilas
Esses sintomas se sobrepõem aos sintomas de muitas outras doenças, e quase dois terços das crianças com TDAH também têm outro transtorno mental, emocional ou comportamental. Muitas crianças com TDAH também apresentam uma combinação das categorias de impulsividade e desatenção do TDAH.
Essa sobreposição torna o diagnóstico de TDAH desafiador e não é incomum que um diagnóstico leve meses para ser feito. O processo começa com um exame médico abrangente seguido por questionários detalhados preenchidos pelos pais, professores e outros cuidadores. Para ser diagnosticada com TDAH, a criança deve apresentar sintomas em todos os ambientes, não apenas em casa ou na escola, e deve apresentar sintomas por pelo menos seis meses. Por este motivo é fundamental envolver todos os cuidadores da criança nas avaliações. Pode ser um processo frustrante e demorado com consultas de acompanhamento, encaminhamentos e avaliações adicionais.
2. Existem opções de tratamento além das medicamentosas
De acordo com a pesquisa dos Manuais, três em cada dez americanos acreditam que medicamentos prescritos são a única maneira de tratar TDAH. A realidade é que os medicamentos são apenas parte de um plano de tratamento eficaz e não são necessários em todos os casos. A terapia comportamental, destinada a ajudar a criança e seus pais a lidar com a doença, é a primeira estratégia de tratamento. Cada criança requer um plano de tratamento diferente, mas há várias técnicas amplas, baseadas em comportamento, sugeridas por médicos e terapeutas:
- Faça mudanças ambientais. Crie áreas definidas para trabalhar, brincar, relaxar, etc. para estabelecer uma rotina e minimizar distrações.
- Defina metas alcançáveis. Incentive a criança a ter sucesso em curto prazo e crie oportunidades para que a criança seja bem-sucedida.
- Mantenha respostas comportamentais consistentes. Elogie e comemore quando a criança fizer coisas boas e aplique disciplina consistente e tranquila quando seu comportamento for negativo.
Na sala de aula, um plano educacional individualizado (individualized education plan, IEP) é uma ferramenta valiosa para o sucesso em crianças com TDAH. Cada escola lida com os IEPs de formas um pouco diferentes, mas criar um plano específico que atenda às necessidades de uma criança pode ajudar a estabelecer expectativas razoáveis e traçar um curso para melhorar seu comportamento. Os pais devem saber que podem sempre solicitar que seu filho ou filha seja avaliado(a) para um IEP.
3. Consistência é fundamental
Quando se trata de diagnosticar e tratar TDAH, consistência é essencial. Os médicos levam este diagnóstico a sério. Identificar TDAH significa procurar um padrão consistente de sintomas em diferentes meios e ao longo de vários meses.
Quando uma criança é diagnosticada, o tratamento deve ser consistente. Isso significa estabelecer estratégias habituais de criação e métodos de disciplina, tarefa nada fácil para qualquer mãe ou pai. A maioria dos americanos entende a importância deste ambiente controlado. Oitenta e seis por cento dos entrevistados na pesquisa dos Manuais acreditam que crianças com TDAH se beneficiam de ter um ambiente mais estruturado.
Mas, os pais não precisam fazer isso sozinhos. Eles devem buscar recursos para apoiar essa consistência. Compartilhar boas estratégias de comportamento com familiares, amigos e outros cuidadores. Trabalhar com professores e escolas para desenvolver IEPs robustos e personalizados. Confiar no desenvolvimento de ferramentas e estratégias eficazes por médicos e terapeutas para auxiliar os pais na criação do seu filho ou filha. Consulte a Página do Manual sobre TDAH para obter mais informações e para se preparar para uma conversa com o pediatra do seu filho.