Na síndrome da sela turca vazia, a sela turca (uma estrutura óssea localizada na base do cérebro que aloja a hipófise) é preenchida com líquido cefalorraquidiano, o que causa uma compressão parcial ou total da glândula e pode causar o aumento da sela turca
(consulte também Considerações gerais sobre a hipófise).
As pessoas com síndrome da sela turca vazia têm um defeito na barreira de tecido que normalmente mantém o líquido cefalorraquidiano existente em volta do cérebro separado da sela turca. Consequentemente, o líquido cefalorraquidiano exerce aumento de pressão na hipófise e nas paredes da sela turca. A sela turca pode vir a aumentar e a hipófise pode vir a diminuir, o que faz com que a sela turca pareça estar vazia em estudos de imagem.
A síndrome da sela turca vazia ocorre mais frequentemente em mulheres de meia-idade que estão acima do peso e que têm hipertensão arterial. Menos frequentemente, o quadro clínico ocorre após cirurgia da hipófise, radioterapia ou infarto (morte) do tumor da hipófise.
É possível que a síndrome da sela turca vazia não cause nenhum sintoma e ela raramente causa sintomas graves. Cerca de metade dos afetados têm dores de cabeça e algumas pessoas também têm hipertensão arterial. Raramente, ocorre um vazamento do líquido cefalorraquidiano pelo nariz ou problemas de visão.
A síndrome da sela turca vazia pode ser diagnosticada por meio de uma tomografia computadorizada (TC) ou de imagem por ressonância magnética (RM). A função da hipófise é verificada por meio da dosagem dos hormônios no sangue para descartar a existência de um excesso ou deficiência de hormônio. No entanto, a função da hipófise está geralmente normal.
Tratamento é raramente necessário. Ele será administrado apenas se a hipófise estiver produzindo uma quantidade excessiva ou deficiente de hormônio, dependendo de quais hormônios estão sendo afetados. O tratamento pode incluir a reposição do hormônio deficiente ou a administração de medicamentos para diminuir a produção excessiva de hormônios.