A alopecia areata é a perda repentina de áreas do cabelo, quando não há nenhuma causa óbvia, como distúrbios cutâneos ou distúrbios internos generalizados.
(Consulte também Considerações gerais sobre o crescimento de cabelo e Perda de cabelo [alopecia]).
A alopecia areata é comum. A alopecia areata manifesta-se em ambos os sexos e em qualquer idade, sendo, porém, mais frequente em crianças e em adultos jovens.
Acredita-se que a causa da alopecia areata possa ser uma reação autoimune, na qual as defesas imunitárias do organismo atacam, por engano, os folículos pilosos. A alopecia areata não é o resultado de outro distúrbio, porém algumas pessoas também podem ter um distúrbio coexistente da tireoide ou vitiligo (um distúrbio do pigmento da pele).
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Sintomas de alopecia areata
Mechas de cabelo redondas e irregulares são perdidas subitamente. Ao redor da beira das áreas estão fios curtos e quebrados, que parecem pontos de exclamação. O lugar da queda de cabelo é, geralmente, o couro cabeludo ou barba. Às vezes, há queda de todo o cabelo (alopecia total), os cabelos caem ao redor dos cantos laterais e posteriores do couro cabeludo (ofíase) ou há queda de cabelo no topo da cabeça, mas não nas margens do couro cabeludo (sisaifo). Raramente, pode ocorrer a queda de toda a pilosidade do corpo, um distúrbio denominado alopecia universal.
As unhas podem ficar sulcadas ou ásperas, ou a meia-lua na base das unhas (a lúnula) pode estar vermelha.
Diagnóstico de alopecia areata
Avaliação médica
Os médicos examinam o couro cabelo, a superfície do corpo e as unhas.
Os médicos podem realizar testes para descartar outros distúrbios.
Tratamento de alopecia areata
Corticosteroides
Medicamentos ou produtos químicos aplicados diretamente na pele
Às vezes, baricitinibe, ritlecitinibe ou metotrexato
A alopecia areata pode ser tratada com corticosteroides. No caso de pequenas áreas de calvície, normalmente se injeta corticosteroides sob a área de calvície, e o minoxidil também pode ser aplicado diretamente na área de calvície. No caso de áreas maiores, pode-se aplicar corticosteroides no couro cabeludo ou, mais raramente, eles podem ser tomados por via oral.
Outros tratamentos para alopecia areata envolvem aplicação de produtos químicos, como antralina, difenilciclopropenona ou dibutilester do ácido esquárico ao couro cabeludo para induzir uma leve reação irritante ou leve reação alérgica que, às vezes, promove o crescimento capilar. Esses tratamentos são em geral administrados a pessoas que apresentam perda de cabelo amplamente disseminada e que não tenham sido beneficiadas por outros tratamentos.
Para casos mais graves, as pessoas podem receber metotrexato administrado por via oral. Esse medicamento pode ser combinado com corticosteroides tomados por via oral. Baricitinibe e ritlecitinibe, medicamentos chamados inibidores da janus quinase (JAK) (usados no tratamento de outras doenças autoimunes e do sangue) são úteis no tratamento da alopecia areata.
Às vezes, os médicos usam psoraleno e terapia com luz ultravioleta A (PUVA) em pessoas para as quais a terapia convencional não funciona. Essa terapia não é amplamente usada devido ao seu sucesso limitado e às altas taxas de recidiva de pessoas que a usam.
O médico e a pessoa podem optar por deixar a alopecia areata se resolver espontaneamente, o que às vezes acontece sem tratamento, nos casos mais leves. Em algumas pessoas, o cabelo pode voltar a crescer dentro de vários meses. Em pessoas com perda de cabelo amplamente disseminada, é pouco provável que o cabelo volte a crescer.
Mais informações
Os seguintes recursos em inglês podem ser úteis. Vale ressaltar que O MANUAL não é responsável pelo conteúdo deste recurso.
National Alopecia Areata Foundation: Informações sobre muitos aspectos da alopecia, incluindo links para grupos de apoio, recursos da comunidade e opções de tratamento