Problemas de alimentação na infância

PorStephen Brian Sulkes, MD, Golisano Children’s Hospital at Strong, University of Rochester School of Medicine and Dentistry
Revisado/Corrigido: abr. 2023
Visão Educação para o paciente

Problemas de alimentação vão desde a variabilidade de apetite própria da idade a transtornos de alimentação graves ou potencialmente fatais como anorexia nervosa, bulimia nervosa ou compulsão alimentar. Problemas de alimentação também podem ser resultado de superalimentação e obesidade (ver também Obesidade na adolescência).

Pais de crianças pequenas preocupam-se, ou porque a criança não come o suficiente, ou porque come demais, ou porque come alimentos errados, ou porque se recusa a comer determinados tipos de alimentos (ver também Transtorno de ingestão de alimentos esquivo/restritivo), ou porque emprega comportamentos inapropriados no horário das refeições (p. ex., dá a comida para o animal de estimação, às escondidas, atirando ou deixando cair o alimento intencionalmente).

A avaliação inclui frequência do problema, duração e intensidade. Altura e peso são medidos e representados em gráficos apropriados [ver gráficos de crescimento da Organização Mundial da Saúde (nascimento até os 2 anos) e gráficos de crescimento dos Centers for Disease Control and Prevention (depois dos 2 anos de idade)]. Frequentemente quando se mostra aos pais que pelas curvas as crianças estão crescendo normalmente, suas preocupações são de que a ingestão muitas vezes diminua.

As crianças devem ser avaliadas pelos graves distúrbios alimentares se

  • Verbalizam preocupações persistentes sobre aparência ou peso.

  • O peso diminui ou se estabiliza em uma idade em que se espera crescimento e ganho ponderal.

  • O peso começa a aumentar em uma velocidade mais rápida e perceptível do que a taxa de crescimento prévia.

Entretanto, a maioria dos problemas alimentares não dura o tempo suficiente para acarretar distúrbios de crescimento e desenvolvimento. Se a criança parece bem e o crescimento está consistentemente progredindo dentro de um intervalo aceitável, os pais devem ser tranquilizados e encorajados a minimizar os conflitos e a coerção relacionados ao ato de comer. Preocupação parental prolongada e excessiva pode de fato contribuir para transtornos alimentares subsequentes.

É improvável que tentativas de forçar alimentos aumentem a ingestão; a criança pode manter o alimento na boca ou vomitar. Os pais devem oferecer alimento à mesa, junto à família, sem distrações como televisão, bichos de estimação, e demonstrar pouca emoção quando colocam o alimento em frente da criança. O alimento deve ser retirado após 20 ou 30 minutos sem comentários sobre o que comeu ou deixou de comer. A criança deve participar da limpeza do alimento que foi jogado ou intencionalmente derrubado no chão. Estas técnicas, juntamente com a restrição de alimentos, restabelecem o apetite e a relação entre a quantidade e as necessidades alimentares da criança.

(Ver também Visão geral dos problemas de comportamento na infância.)

Informações adicionais

Os recursos em inglês a seguir podem ser úteis. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

  1. World Health Organization: Growth charts (birth until age 2 years)

  2. Centers for Disease Control and Prevention: Growth charts (after age 2 years)

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