Leucodistrofia metacromática é uma esfingolipidose, um distúrbio metabólico hereditário, causada pela deficiência de arilsulfatase A. Há várias formas, das quais a mais grave causa paralisia progressiva e demência, resultando em morte por volta da idade de 10 anos. O diagnóstico é por análise de DNA e/ou análise enzimática dos leucócitos ou fibroblastos da pele. O tratamento é às vezes com transplante de medula óssea ou células-tronco.
Para informações adicionais, ver tabela Algumas esfingolipidoses.
Ver também Abordagem ao paciente com distúrbio metabólico hereditário suspeito.
Na leucodistrofia metacromática, a deficiência de arilsulfatase A faz com que lípideos metacromáticos se acumulem na substância branca do sistema nervoso central, nervos periféricos, rim, baço e outros órgãos viscerais; o acúmulo no sistema nervoso causa desmielinização central e periférica. Existem numerosas mutações e variações quanto a idade de acometimento e velocidade de progressão da doença.
A forma infantil é caracterizada por paralisia progressiva e demência que se inicia geralmente antes dos 4 anos de idade e leva à morte após cerca de 5 anos do início dos sintomas.
A forma juvenil se manifesta entre 4 e 16 anos de idade com distúrbios da marcha, regressão intelectual e sinais de neuropatia periférica. Diferentemente da forma infantil, os reflexos tendíneos profundos são acentuados.
Existe, ainda, uma forma adulta mais leve.
Diagnóstico da leucodistrofia metacromática
Análise enzimática
Sugere-se clinicamente o diagnóstico da leucodistrofia metacromática pela diminuição da velocidade de condução nervosa; confirma-se por análise de DNA e/ou detecção da deficiência enzimática nos leucócitos ou cultura de fibroblastos da pele. (Ver também Teste para distúrbios metabólicos hereditários suspeitos.)
Tratamento da leucodistrofia metacromática
Às vezes, transplante de células-tronco ou de medula óssea
Atualmente não há tratamento eficaz para leucodistrofia metacromática nos pacientes com sintomas avançados.
O transplante de medula ou de células-tronco pode estabilizar a função neurocognitiva nas formas levemente sintomáticas da doença.
Várias outras opções terapêuticas estão sendo investigadas, principalmente nas formas infantis tardias da doença, incluindo terapia gênica, terapia de reposição enzimática, terapia de redução de substratos e, potencialmente, terapia de aumento de enzimas.
Informações adicionais
O recurso em inglês a seguir pode ser útil. Observe que este Manual não é responsável pelo conteúdo deste recurso.
Online Mendelian Inheritance in Man (OMIM) database: Complete gene, molecular, and chromosomal location information