Professional edition active

Incontinência fecal

PorParswa Ansari, MD, Hofstra Northwell-Lenox Hill Hospital, New York
Reviewed ByMinhhuyen Nguyen, MD, Fox Chase Cancer Center, Temple University
Revisado/Corrigido: jan. 2025
Visão Educação para o paciente

Incontinência fecal é a perda do controle voluntário da defecação. O diagnóstico é clínico. O tratamento consiste em um programa de manejo intestinal e exercícios perineais, mas às vezes é necessária colostomia.

(Ver também Avaliação dos distúrbios anorretais.)

Incontinência fecal pode resultar de

  • Lesões ou doenças da medula espinal

  • Anormalidades congênitas

  • Lesões acidentais no reto e no ânus

  • Prolapso retal (procidência)

  • Diabetes

  • Demência grave

  • Impacção fecal

  • Processos inflamatórios extensos

  • Tumores

  • Lesões obstétricas

  • Cirurgias envolvendo divisão ou dilatação dos esfíncteres anais

Diagnóstico da incontinência fecal

  • Avaliação clínica

  • Às vezes, exames de imagem e manometria anorretal

O exame físico deve avaliar a função esfincteriana macroscópica e a sensibilidade perianal e descartar massas ou prolapsos retais.

Ultrassonografia endoscópica do esfíncter anal, RM pélvica e perianal e manometria anorretal também são úteis.

Tratamento da incontinência fecal

  • Programa de treinamento intestinal

  • Exercícios perianais, algumas vezes com biofeedback

  • Algumas vezes, intervenção cirúrgica

O tratamento da incontinência fecal consiste em um programa de treinamento intestinal para que se desenvolva um padrão de evacuação. O programa consiste na ingestão adequada de líquidos e fibras. Sentar-se no vaso sanitário ou utilizar outro estimulante habitual da evacuação (p. ex., café) estimulam a defecação. Supositórios (p. ex., glicerina, bisacodil) ou enema de fosfato também podem ser utilizados. Caso um ritmo evacuatório não seja criado, uma dieta pobre em resíduos e a loperamida oral podem reduzir a frequência das defecações.

Exercícios perianais simples, nos quais o paciente contrai repetidamente os esfíncteres, os músculos perianais e as nádegas, podem fortalecer essas estruturas e colaborar com a continência, em particular nos casos mais leves. Antes de indicar uma cirurgia seja a pacientes suficientemente motivados, que possam entender e seguir as instruções e possuam um esfíncter anal capaz de reconhecer o estímulo da distensão retal, deve-se considerar o uso do biofeedback (treinar o paciente a utilizar os esfíncteres da melhor maneira possível e a aproveitar ao máximo os estímulos fisiológicos). Aproximadamente 64 a 89% dos pacientes respondem ao biofeedback (1).

Um defeito no esfíncter avaliado por ultrassonografia endoscópica pode ser suturado diretamente, mas a eficácia desse reparo se deteriora ao longo do tempo.

A estimulação do nervo sacral se mostrou promissora no tratamento da incontinência fecal (1). Os eletrodos são implantados temporariamente e, se um período de teste demonstrar bons resultados, o gerador é implantado permanentemente com boas taxas de sucesso.

Quando tudo isso falha, uma colostomia deve ser considerada.

Referência sobre tratamento

  1. 1. Bordeianou LG, Thorsen AJ, Keller DS, et al. The American Society of Colon and Rectal Surgeons Clinical Practice Guidelines for the Management of Fecal Incontinence. Dis Colon Rectum. 2023;66(5):647-661. doi:10.1097/DCR.0000000000002776

quizzes_lightbulb_red
Test your KnowledgeTake a Quiz!
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS
Baixe o aplicativo  do Manual MSD!ANDROID iOS