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Composição genética e resposta a medicamentos

PorShalini S. Lynch, PharmD, University of California San Francisco School of Pharmacy
Revisado porEva M. Vivian, PharmD, MS, PhD, University of Wisconsin School of Pharmacy
Revisado/Corrigido: mar. 2025
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As diferenças na composição genética (herdada) entre os indivíduos afetam a forma como o corpo reage ao medicamento e o que o medicamento faz com o corpo. O estudo das diferenças genéticas na resposta a medicamentos é chamado farmacogenética. Em alguns casos, a concentração de uma enzima que metaboliza medicamentos pode ser medida antes de iniciar a terapia. Isso deve ser considerado antes de prescrever um medicamento.

Devido à sua composição genética, algumas pessoas processam (metabolizam) medicamentos lentamente. Como resultado, o medicamento pode se acumular no corpo, causando toxicidade. Outras pessoas metabolizam os medicamentos tão rapidamente que, depois de tomarem a dose normal, o medicamento no sangue nunca atinge níveis altos o suficiente para que o medicamento faça efeito.

Em algumas pessoas nos Estados Unidos, a N-acetiltransferase, uma enzima hepática que metaboliza certos medicamentos, funciona lentamente. Tais pessoas são chamadas acetiladores lentos. Os medicamentos metabolizados por essa enzima, como a isoniazida (usada para tratar a tuberculose), tendem a atingir níveis maiores no sangue e permanecer por mais tempo no corpo em acetiladores lentos do que em pessoas nas quais essa enzima metaboliza os medicamentos rapidamente (acetiladores rápidos).

Outras pessoas têm níveis baixos de pseudocolinesterase, uma enzima do sangue que inativa medicamentos como a succinilcolina, que pode ser administrada para relaxar temporariamente os músculos durante procedimentos cirúrgicos. Se a succinilcolina não for inativada rapidamente, o relaxamento do músculo pode ser prolongado e as pessoas podem não conseguir voltar a respirar sozinhas após a cirurgia no intervalo de tempo esperado. Elas podem precisar de um ventilador artificial por um período maior.

Algumas pessoas africanas ou afrodescendentes têm uma deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD), uma enzima que protege os glóbulos vermelhos contra certos produtos químicos tóxicos. Por exemplo, em pessoas com deficiência de G6PD, alguns medicamentos (como cloroquina e primaquina, usadas para tratar malária) destroem os glóbulos vermelhos e causam anemia hemolítica.

Algumas pessoas têm um defeito genético que torna os músculos excessivamente sensíveis a certos anestésicos inaláveis, como halotano, isoflurano e sevoflurano. Quando essas pessoas recebem um desses anestésicos mais um relaxante muscular (geralmente succinilcolina), pode se desenvolver uma doença potencialmente letal chamada hipertermia maligna. Ela provoca febre muito alta. Os músculos ficam enrijecidos, o coração acelera e a pressão sanguínea cai.

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