A maioria dos adultos tem direito por lei de tomar suas próprias decisões sobre saúde. Contudo, problemas de saúde podem comprometer a capacidade de as pessoas exercerem os seus direitos legais.
Para proteger esses direitos, é necessário pensar antecipadamente e planejar. A doença súbita ou crônica pode provocar fraqueza e confusão profundas, as quais causam vulnerabilidade e podem levar à indesejável perda de controle. A condução de assuntos pessoais, tornar os desejos conhecidos e ter certeza de que os desejos sejam respeitados pode ser difícil para pessoas que estejam física e mentalmente comprometidas. No entanto, os adultos de qualquer idade podem tomar medidas para se protegerem contra a perda de controle sobre suas decisões de saúde e essas medidas são especialmente importantes para idosos.
No caso de assuntos pessoais relacionados à saúde, a principal ferramenta de planejamento são as instruções prévias de cuidados médicos, que incluem um testamento em vida, uma procuração para cuidados médicos ou ambos. Para assuntos financeiros e de outras propriedades, as principais ferramentas jurídicas de planejamento são uma procuração financeira, um testamento e, em alguns casos, um fideicomisso revogável (ou fideicomisso em vida). Essas ferramentas jurídicas ajudam a direcionar e administrar as decisões de propriedade e saúde de acordo com os desejos da pessoa quando ela não tiver mais habilidade (capacidade) de tomar decisões.
As instruções prévias sobre os cuidados de saúde devem refletir a discussão ponderada entre a pessoa e as pessoas próximas a ela sobre seus valores, prioridades e preferências durante a doença séria. A eficácia de instruções prévias é diretamente proporcional à meticulosidade e à fundamentação da discussão na qual elas se baseiam. As leis estaduais variam no que diz respeito às instruções avançadas, mas todos os 50 estados americanos permitem que as pessoas expressem seus desejos com relação ao tratamento de fim de vida, no caso de doença ou lesão terminal, e que nomeiem alguém para se comunicar por eles caso não estejam mais em condições de o fazerem sozinhos.
Os documentos de saúde podem ser preparados sem uma procuração. Contudo, uma procuração pode ser útil, especialmente se os desejos da pessoa forem complexos ou os familiares provavelmente não concordarão.