Aceitação da morte e sofrimento

PorElizabeth L. Cobbs, MD, George Washington University;
Rita A. Manfredi, MD, George Washington University School of Medicine and Health Sciences;Joanne Lynn, MD, MA, MS, The George Washington University Medical Center
Revisado/Corrigido: jul. 2024
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    Preparar-se para a morte significa terminar o trabalho de toda uma vida, deixar bem resolvidos os assuntos com a família e amigos, e fazer as pazes com o inevitável. Para muitos doentes terminais e seus familiares, as questões de ordem espiritual e religiosa são importantes. Líderes religiosos fazem parte da equipe de atendimento em alguns hospitais e unidades de cuidados paliativos, e cuidadores profissionais podem ajudar as pessoas e suas famílias a encontrar assistência espiritual apropriada caso não tenham um relacionamento com um líder religioso ou espiritual.

    Perante a perspectiva da morte, surgem perguntas acerca da origem e do significado da vida e das razões pelas quais há sofrimento e morte. Não há respostas fáceis a essas perguntas fundamentais. À procura de respostas, os pacientes gravemente doentes e os seus familiares podem recorrer aos próprios meios, à religião, conselheiros, amigos ou à pesquisa. Podem falar e participar em rituais religiosos ou familiares, ou participar de atividades que tenham um significado. Sentir-se querido por outra pessoa é o antídoto mais importante contra o desespero. Não se deve permitir que os inúmeros diagnósticos e tratamentos suprimam as questões mais profundas, as experiências mais significativas e a importância das relações humanas.

    O luto é um processo normal que geralmente começa antes da morte antecipada. Acreditava-se que os estágios após a perda ocorriam na seguinte ordem; no entanto, os estágios pelos quais as pessoas que estão morrendo e as pessoas que ficam passam e sua ordem variam:

    • Negação

    • Raiva

    • Barganha

    • Depressão

    • Aceitação

    As pessoas em negação podem agir, falar ou pensar que elas não estão morrendo. A negação é usualmente uma resposta temporária, devido aos receios sobre a perda do controle, a separação dos entes queridos, o futuro incerto e o sofrimento. Falar com o médico ou outros profissionais da área da saúde pode ajudar as pessoas em estado terminal a entenderem que podem permanecer no controle, e contar com serem confortadas e estarem confortáveis. A raiva pode se expressar como uma sensação de injustiça: "Por que eu?" A barganha pode ser um sinal de racionalização da morte, ou seja, busca por mais tempo. Quando a pessoa em estado terminal percebe que a barganha e outras estratégias não funcionam, pode desenvolver depressão. A aceitação, algumas vezes descrita como encarar o inevitável, pode vir após discussões com a família, amigos e cuidadores.

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