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Câncer metastático do fígado

PorDanielle Tholey, MD, Sidney Kimmel Medical College at Thomas Jefferson University
Revisado porMinhhuyen Nguyen, MD, Fox Chase Cancer Center, Temple University
Revisado/Corrigido: modificado mar. 2025
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O câncer de fígado decorrente de uma metástase consiste em um tumor, com origem em outra parte do organismo, que se propagou ao fígado.

Recursos do assunto

  • A perda de peso e falta de apetite podem ser os primeiros sintomas.

  • Os médicos baseiam o diagnóstico em resultados de exames de sangue e, geralmente, biópsia.

  • Os agentes quimioterápicos e a radioterapia podem ajudar a aliviar os sintomas, mas não curam o câncer.

(Veja também Considerações gerais sobre tumores no fígado.)

O câncer hepático metastático têm origem, sobretudo, no pulmão, na mama, no cólon, no pâncreas ou no estômago. A leucemia (câncer dos glóbulos brancos) e o linfoma (câncer do sistema linfático), especialmente o linfoma de Hodgkin, podem também afetar o fígado.

Os cânceres disseminam-se para o fígado, pois ele filtra a maior parte do sangue do resto do organismo e, quando as células de câncer se desprendem do câncer primário, elas frequentemente entram e viajam na corrente sanguínea. Por vezes, a detecção de um câncer hepático metastático constitui o primeiro indício de câncer em uma pessoa.

Sintomas do câncer metastático do fígado

Frequentemente, os primeiros sintomas são inespecíficos. Eles incluem perda de peso, falta de apetite, e às vezes, febre. Normalmente, o fígado está aumentado e rígido. Ele pode estar sensível e frequentemente com nódulos. Ocasionalmente, o baço aumenta de tamanho. De início, a pessoa não apresenta icterícia (cor amarelada da pele e da parte branca dos olhos), ou apenas muito discretamente, a menos que o câncer esteja obstruindo os dutos biliares. Se o câncer em si crescer ou se espalhar tanto que substitui a maior parte do tecido hepático (doença infiltrativa), o abdômen pode ficar inchado (distendido) com líquido (uma doença chamada ascite).

Em pacientes com doença infiltrativa, nas semanas que antecedem a morte, a icterícia piora progressivamente. As pessoas podem ficar confusas e sonolentas, à medida que a toxina se acumula no cérebro, pois o fígado está muito danificado para removê-la do sangue. Esse quadro clínico é denominado encefalopatia hepática.

Você sabia que...

  • Por vezes, a detecção de um câncer hepático metastático constitui o primeiro indício de câncer em outro local no organismo.

Diagnóstico do câncer metastático do fígado

  • Exames de imagem do fígado

Os médicos podem suspeitar de câncer metastático do fígado em pessoas que perdem peso e apresentam fígado aumentado ou que estão com câncer que tende a se espalhar para o fígado. Entretanto, os médicos frequentemente somente conseguem diagnosticar o câncer em estágio avançado.

Se o médico suspeitar de câncer hepático, exames hepáticos, que são exames de sangue simples, são realizados para avaliar como o fígado está funcionando. Os resultados podem ser anormais, como acontece em vários distúrbios. Portanto, esse achado não pode confirmar o diagnóstico. Um exame de ultrassom ajuda, mas a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM) do fígado são mais precisas na detecção do câncer. Antes da realização de uma TC ou RM, um contraste é geralmente injetado em uma veia. O contraste ajuda a tornar anormalidades, se presentes, mais fáceis de ver (consulte Exames de diagnóstico por imagem do fígado e da vesícula biliar). Contudo, exames de imagem nem sempre detectam os tumores pequenos ou distinguem um câncer de uma cirrose ou outras anormalidades.

Análise laboratorial

Uma biópsia hepática (remoção de uma amostra de tecido hepático com uma agulha para exame ao microscópio) é realizada se o diagnóstico for incerto após os exames de imagem ou se mais informações forem necessárias para ajudar nas decisões de tratamento. Para aumentar as possibilidades de obter uma amostra de tecido canceroso, os médicos recorrem ao ultrassom ou TC, para guiar o posicionamento da agulha de biópsia. Como alternativa, os médicos podem inserir um tubo de visualização flexível (laparoscópio) por uma pequena incisão no abdômen para identificar melhor e obter um tecido canceroso.

Tratamento do câncer metastático do fígado

  • Quimioterapia

  • Radiação

  • Cirurgia

  • Às vezes, transplante de fígado (quando o câncer colorretal se espalha para o fígado)

O tratamento depende da extensão da disseminação do câncer e do tipo de câncer primário. As opções incluem:

  • Agentes quimioterápicos: Esses medicamentos podem ser usados para reduzir, temporariamente, o tamanho do tumor e prolongar a vida, ainda que não curem o câncer. Os agentes quimioterápicos podem ser injetados na artéria principal do fígado (a artéria hepática), permitindo administrar uma concentração elevada dos medicamentos diretamente nas células cancerosas do fígado. Com esse método, o resto do organismo fica menos exposto aos medicamentos e, consequentemente, os seus efeitos colaterais são mais leves e menores.

  • Radioterapia para o fígado: às vezes, esse tratamento reduz a dor intensa provocada pelo câncer avançado, mas traz poucos benefícios adicionais.

  • Cirurgia: quando se detecta um único ou poucos pequenos tumores no fígado, pode-se extraí-los por uma intervenção cirúrgica, sobretudo quando a origem é no intestino. Contudo, nem todos os especialistas consideram que essa cirurgia valha a pena.

Se o câncer primário for leucemia ou linfoma, os médicos focam no tratamento desse câncer.

Existe um papel em evolução no transplante de fígado em algumas pessoas cujo câncer colorretal se espalhou para o fígado.

Se o câncer estiver muito disseminado, geralmente só resta ao médico aliviar os sintomas (consulte Sintomas durante uma doença fatal). As pessoas podem preparar instruções prévias para especificar o tipo de cuidados que desejam se elas ficarem incapacitadas de tomar decisões sobre o tratamento.

Mais informações

Os seguintes recursos em inglês podem ser úteis. Vale ressaltar que O Manual não é responsável pelo conteúdo desses recursos.

  1. American Cancer Society

  2. American Liver Foundation

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