Na resistência à argininavasopressina (anteriormente conhecida como diabetes insipidus nefrogênico), os rins produzem um grande volume de urina diluída porque os túbulos renais não respondem à vasopressina (hormônio antidiurético) e são incapazes de reabsorver a água filtrada para o organismo.
Muitas vezes, a resistência à argininavasopressina é hereditária, mas pode ser causada por medicamentos ou distúrbios que afetam os rins.
Os sintomas incluem sede excessiva e excreção de grandes quantidades de urina.
O diagnóstico de resistência à argininavasopressina é baseado em exames de sangue e urina.
Tomar quantidades maiores de água ajuda a evitar desidratação.
Para tratar a resistência à argininavasopressina, as pessoas restringem o sal em sua dieta e, às vezes, tomam medicamentos para reduzir a quantidade de urina excretada.
(Consulte também Introdução aos distúrbios dos túbulos renais.)
Pode-se ter resistência à arginina vasopressina ou deficiência de arginina vasopressina:
Na resistência à argininavasopressina, os rins não respondem à vasopressina (hormônio antidiurético), por isso continuam a excretar uma grande quantidade de urina diluída.
Na deficiência de arginina vasopressina (anteriormente chamada de diabetes insipidus central), que é mais comum, a glândula pituitária não consegue secretar vasopressina.
Causas da resistência à argininavasopressina
Normalmente, os rins ajustam a concentração e a quantidade de urina de acordo com as necessidades do corpo. Os rins realizam esse ajuste na resposta ao nível de vasopressina no sangue. A vasopressina, que é secretada pela glândula hipófise, sinaliza aos rins para conservar a água e concentrar a urina. Na resistência à argininavasopressina, os rins não respondem ao sinal.
A resistência à argininavasopressina pode ser
Hereditários
Adquirida
Resistência à argininavasopressina hereditária
Na resistência à argininavasopressina hereditária, o gene que tipicamente causa o distúrbio é recessivo e transportado no cromossomo X, um dos dois cromossomos sexuais, de forma que normalmente somente os homens desenvolvem os sintomas. No entanto, as mulheres portadoras do gene podem transmitir a doença aos seus filhos. Raramente, outro gene anormal pode causar resistência à argininavasopressina em homens e mulheres.
Resistência à argininavasopressina adquirida
Na forma adquirida, a resistência à argininavasopressina pode ser causada por certos medicamentos que bloqueiam a ação da vasopressina, como o lítio.
A resistência à argininavasopressina também pode ocorrer se o rim for afetado por doenças, como doença renal policística, anemia falciforme, rim esponjoso medular, infecções (pielonefrite) graves, amiloidose, síndrome de Sjögren e certos tipos de câncer (por exemplo, sarcoma ou mieloma).
Além disso, níveis elevados de cálcio ou níveis baixos de potássio no sangue, especialmente se persistirem, bloqueiam parcialmente a ação da vasopressina.
A causa é, às vezes, desconhecida.
Sintomas da resistência à argininavasopressina
Os sintomas da resistência à argininavasopressina são
Sede excessiva (polidipsia)
Excreção de grandes volumes de urina diluída (poliúria)
As pessoas podem eliminar 3 a 20 litros (1 a 6 galões) de urina por dia.
Quando a resistência à argininavasopressina é hereditária, os sintomas geralmente começam logo após o nascimento. Visto que os lactentes não conseguem queixar-se de sede, podem ficar muito desidratados. Podem apresentar febre acompanhada de vômitos e convulsões.
Adultos mais velhos com demência também são mais propensos a desenvolver desidratação, pois eles podem não ser capazes de indicar que estão com sede.
Diagnóstico da resistência à argininavasopressina
Exames de sangue
Exames de urina
Os exames laboratoriais revelam altos níveis de sódio no sangue e urina muito diluída. O médico pode utilizar um teste de privação de água para ajudar a fazer o diagnóstico.
Tratamento da resistência à arginina vasopressina
Quantidades adequadas de água para beber
Dieta e medicamentos para diminuir o volume de urina
Para prevenir a desidratação, as pessoas com resistência à argininavasopressina devem beber quantidades adequadas de água assim que sentirem sede. Bebês, crianças pequenas e adultos mais velhos muito doentes devem ingerir água com frequência. É provável que as pessoas que bebem água suficiente não desidratem, mas várias horas sem beber água pode provocar desidratação severa.
Pode ser útil fazer uma alimentação com pouco sal e poucas proteínas.
Por vezes, são utilizados medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e diuréticos tiazídicos para tratar este distúrbio. Os AINEs e os diuréticos tiazídicos atuam por meio de mecanismos diferentes para aumentar as quantidades de sódio e água que são reabsorvidos pelo rim. Essas alterações diminuem o volume de urina.
Prognóstico da resistência à argininavasopressina
O prognóstico é bom se a resistência à argininavasopressina for diagnosticada antes de a pessoa sofrer episódios graves de desidratação.
Com tratamento adequado, é provável que um lactente com esse distúrbio tenha desenvolvimento normal. Entretanto, se a resistência à argininavasopressina não for diagnosticada e tratada com rapidez, o cérebro pode ser lesionado, causando uma deficiência intelectual permanente no lactente. Os episódios frequentes de desidratação também podem atrasar o seu desenvolvimento físico.
Nos casos em que o distúrbio não é herdado, a correção da anormalidade subjacente ajuda a função renal a voltar ao normal.
Mais informações
Os seguintes recursos em inglês podem ser úteis. Vale ressaltar que O MANUAL não é responsável pelo conteúdo deste recurso.
National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK): Fornece informações sobre pesquisas em andamento, informações sobre a saúde do consumidor em inglês e espanhol, um blog e programas comunitários de saúde e divulgação.