As talas de tração femorais são utilizadas para estabilizar temporariamente e possivelmente reduzir fraturas da diáfise do fêmur.
As talas de tração femorais são projetadas para aplicar tração à porção inferior da perna, distal à fratura, geralmente puxando o tornozelo para longe de uma pelve estabilizada. Há muitas marcas comerciais disponíveis que variam ligeiramente quanto ao design e instruções; portanto, exigem familiaridade para o uso correto.
As talas de tração também podem reduzir e/ou diminuir a dor e o sangramento decorrentes de fraturas do fêmur, particularmente aquelas encurtadas.
Indicações para uma tala de tração femoral
Fraturas na diáfise femoral
As talas de tração femoral são utilizadas para estabilizar fraturas do fêmur antes do tratamento definitivo (p. ex., fixação cirúrgica).
Contraindicações para uma tala de tração femoral
Fratura pélvica
Fratura(s) ipsilateral(is) do tornozelo, pé e/ou perna
Lesão do joelho ipsilateral
Embora a tração seja benéfica para fraturas de fêmur, ela pode ser prejudicial às fraturas ou lesões ligamentares distais à fratura femoral.
Complicações de uma tala de tração femoral
Lesões por tração vascular ou nervosa
Equipamento para uma tala de tração femoral
Kit de tala de tração femoral disponível comercialmente (p. ex., Hare®, Sager®, Ferno-tracTM, KendrickTM)
Medicamentos para analgesia/sedação (p. ex., fentanil, morfina, propofol)
Considerações adicionais para uma tala de tração femoral
Talas de tração podem não ser tão eficazes nas fraturas proximais de fêmur.
Anatomia relevante para uma tala de tração femoral
A diáfise do fêmur comumente exclui outras partes do fêmur fraturadas, como as fraturas de quadril e supracondilianas.
Posicionamento para uma tala de tração femoral
Deitar o paciente em decúbito dorsal com o membro inferior lesionado apoiado.
Descrição passo a passo para aplicar uma tala de tração femoral
Seguir as instruções e recomendações para o produto específico sendo utilizado.
Assegurar que a maca ou mesa tenha comprimento suficiente para suportar a extremidade distal do aparato (p. ex., 20 cm além do pé ipsilateral). Utilizar a perna contralateral não lesionada como ponto de referência se a perna afetada está encurtada.
Administrar analgesia adequada ao paciente.
Estabilizar o aparato contra a pelve e o tornozelo de acordo com as instruções do produto, como a sequência apropriada dessas etapas.
Travar a fixação do tornozelo.
Colocar as faixas de apoio das pernas como indicado (p. ex., 2 acima do joelho e 2 abaixo).
Aplicar tração longitudinal ao tornozelo para endireitar e alongar a perna encurtada até o comprimento da perna contralateral. Utilizar cerca de 10% do peso corporal do paciente ou até cerca de 7 kg.
Travar o dispositivo no lugar como orientado.
Verificar a condição neurovascular distal (p. ex., preenchimento capilar, sensibilidade distal, flexão e extensão dos dígitos).
Cuidados posteriores para uma tala de tração femoral
Remover a tala de tração assim que possível, quando puderem ser realizados cuidados definitivos.
Alertas e erros comuns para uma tala de tração femoral
Avaliar os pulsos distais antes e depois da aplicação da tala.
Assegurar que tração adequada é aplicada utilizando a balança de tração, se disponível no aparato específico.
Assegurar tração adequada avaliando com frequência o alívio da dor e o comprimento do membro em comparação ao lado não lesado.
Recomendações e sugestões para uma tala de tração femoral
Utilizar analgesia adequada (geralmente opioides IV) porque a imobilização de fratura do fêmur é dolorosa.