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Como aplicar uma meia tala ulnar

PorDorothy Habrat, DO, University of New Mexico School of Medicine
Reviewed ByDiane M. Birnbaumer, MD, David Geffen School of Medicine at UCLA
Revisado/Corrigido: fev. 2024 | modificado set. 2024
Visão Educação para o paciente

Meia talas ulnares são aparatos aplicados para imobilizar fraturas do 4º e 5º metacarpais.

Recursos do assunto

Meia talas ulnares são aplicadas ao longo do aspecto ulnar do antebraço e da mão para imobilizar o 4º e 5º dígitos e prevenir o encurtamento dos ligamentos colaterais durante a imobilização.

Indicações

  • fraturas do 4º e 5º metacarpais

  • Fraturas anguladas ou instáveis das falanges proximal e média do 4º e 5ª dígitos

  • Fraturas da ulna distal

Fraturas com angulação e/ou rotação significativas podem exigir redução antes da imobilização.

Contraindicações

  • Nenhum

Complicações

  • Lesão térmica (causada pela reação exotérmica entre o gesso ou fibra de vidro e a água)

  • Feridas por pressão, neurapraxia e/ou lesão isquêmica (causada por pressão excessiva)

  • Síndrome compartimental (às vezes causada, em parte, por compressão excessiva de uma bandagem circunferencial)

Equipamento

  • Meia de malha (suficiente para cobrir a área entre as articulações metacarpais e falângicas e o meio do antebraço)

  • Acolchoamento em rolo (p. ex., rolo de algodão) com 5 cm de largura

  • Material para tala de gesso ou fibra de vidro, com 7,5 cm de largura

  • Atadura elástica com 5 cm de largura

  • Tesouras resistentes

  • Água morna e balde ou outro recipiente

  • Luvas não estéreis

Posicionamento

  • Deve-se posicionar o paciente de modo que o profissional tenha acesso apropriado à mão afetada do paciente.

  • Manter as articulações metacarpofalângicas (MCF) do 4º e 5º dígitos em flexão de 70 a 90°, as articulações interfalângicas proximais (IFP) e interfalângicas distais (IFD) em leve flexão

  • Estender o punho em 10 a 20°.

Descrição passo a passo do procedimento

  • Utilizar luvas não estéreis.

  • Aplicar meia de malha, cobrindo entre a área do meio do antebraço até os metacarpais.

  • Inserir acolchoamento entre o 4º e o 5º dígitos para evitar a maceração da pele e, em seguida, dobrá-lo ao redor de ambos os dedos.

  • Continuar dobrando o acolchoamento da articulação MCF até o meio do antebraço, ligeiramente além da área a ser coberta pelo material da tala; sobrepor cada volta com a metade da largura da próxima volta do acolchoamento e rasgar periodicamente o envoltório em sua largura para diminuir o risco de compressão tecidual.

  • Aplainar o acolchoamento conforme necessário. Arrancar o acolchoamento excessivo onde for necessário para evitar áreas de pressão aumentada sobre a pele.

  • Determinar um comprimento de material de imobilização que corresponda à distância das articulações IFD do 4º e 5º dígitos até o meio do antebraço, ao longo da superfície ulnar do antebraço — deve ser um pouco mais curto do que a área coberta pelo acolchoamento. A tala termina ligeiramente distal ao cotovelo de modo a possibilitar uma livre amplitude de movimento da articulação do cotovelo.

  • Desenrolar o material de imobilização adicional, dobrando-o para frente e para trás ao longo do comprimento determinado até que haja 8 a 10 camadas (ao utilizar rolos de camada única).

  • Alternativamente, se utilizar uma tala pronta, cortar uma peça única no comprimento determinado.

  • Imergir o material de imobilização em água morna.

  • Espremer o excesso de água da tala (não torcer o gesso).

  • Aplicar o material de imobilização partindo da articulação IFD do 5º dedo ao longo da face ulnar do 5º dígito, punho e antebraço, e dobrar em forma de U ao redor das superfícies dorsal e palmar do 4º e 5º dígitos, mão e punho.

  • Dobrar a meia de malha e o acolchoamento de algodão extras de modo a cobrir todo o material de imobilização.

  • Enrolar a faixa elástica sobre o material da tala de distal para proximal e sobrepor cada volta com a metade da largura da próxima volta da faixa elástica.

  • Aplainar o material de imobilização utilizando as palmas das mãos, em vez de as pontas dos dedos, de modo a corresponder aos contornos do braço de modo a preencher os interstícios no material.

  • Manter as articulações MCF do 4º e 5º dígitos flexionadas em 70 a 90°, as articulações IFP e IFD em leve flexão e o punho em posição neutra com ligeira extensão (cerca de 10 a 20°) até que o material da tala endureça.

  • Não imobilizar o polegar, o dedo indicador ou o dedo médio na tala.

  • Verificar a condição neurovascular distal (p. ex., preenchimento capilar, sensibilidade distal, flexão e extensão dos dígitos).

Cuidados posteriores

  • Aconselhar o paciente a manter a tala seca.

  • Organizar ou recomendar acompanhamento apropriado.

  • Instruir o paciente a observar complicações como piora da dor, parestesia/dormência e alteração na coloração dos dígitos.

  • Instruir o paciente a procurar mais cuidados se a dor não puder ser controlada com medicamentos orais em casa ou se o paciente apresentar parestesias/dormência e/ou alteração de cor distal à tala.

Alertas e erros comuns

  • Como essas lesões geralmente resultam de perfuração, verificar se há laceração sobre a articulação MCF, que pode ser causada por um golpe em um dente (ferida de "mordida de luta") e exigirá intervenção adicional, incluindo consulta ortopédica mais urgente e precauções contra infecção da ferida.

  • Assegurar que o acolchoamento e os envoltórios elásticos não estão muito apertados.

  • Certificar-se de manter a articulação MCF em 70 a 90° de flexão enquanto a tala seca para manter a imobilização apropriada.

Recomendações e sugestões

  • Para pacientes maiores, pode-se utilizar acolchoamento de algodão de 10 cm para a porção do antebraço do envoltório.

  • A água morna torna o endurecimento do gesso mais rápido; portanto, se não estiver familiarizado com a confecção de talas, utilizar água mais fria para aumentar o tempo de trabalho.

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