Cromoblastomicose é um tipo específico de infecção cutânea causada por uma de várias espécies de fungos dermatiáceos (pigmentados). Os sintomas são nódulos ulcerosos nas partes expostas do corpo. O diagnóstico é feito por aparência, histopatologia e cultura. O tratamento é com itraconazole, outro azol ativo contra fungos, ou terbinafina e excisão cirúrgica.
(Ver também Visão geral das infecções fúngicas.)
A cromoblastomicose é uma infecção cutânea que afeta pessoas imunocompetentes, principalmente em áreas tropicais ou subtropicais, caracterizando-se pela formação de nódulos papilomatosos que tendem a ulcerar.
Em geral, a cromoblastomicose ocorre no local da lesão penetrante, particularmente em fazendeiros e outros trabalhadores agrícolas que não utilizam calçados e roupas de proteção adequados.
Cromoblastomicose é causada por fungos castanhos escuros ou pretos que produzem corpos escleróticos no tecido.
Sinais e sintomas da cromoblastomicose
Em geral, a cromoblastomicose começa no pé ou no membro inferior, mas outras partes expostas do corpo podem ser infectadas, especialmente onde a pele está lesionada.
As pápulas iniciais, que são pequenas, pruginosas e crescentes, podem se assemelhar à dermatofitose (tinha). As lesões se estendem para formar manchas vermelho-violáceas pouco sensíveis e fortemente demarcadas com bases enduradas. Várias semanas ou meses mais tarde, novas lesões, projetando-se 1 a 2 mm acima da pele, podem aparecer ao longo do trajeto da drenagem linfática. Projeções nodulares endurecidas, vermelhas ou cinzas, em forma de couve-flor, podem se desenvolver no centro das máculas e, se a infecção não for tratada, estender-se gradualmente até abranger as extremidades ao longo de muitos anos.
Obstrução linfática pode ocorrer, o prurido pode persistir e superinfecções bacterianas secundárias podem causar ulcerações e, ocasionalmente, sepse.
Na cromoblastomicose, pequenas pápulas inicialmente se estendem para formar placas eritematovioláceas pouco sensíveis e nitidamente demarcadas com bases endurecidas.
Imagem cedida por cortesia de www.doctorfungus.org © 2005.
Na cromoblastomicose crônica, projeções nodulares endurecidas, opacas, eritematosas ou acinzentadas em forma de couve-flor crescem durante anos e se disseminam para recobrir os membros.
Imagem cedida por cortesia de www.doctorfungus.org © 2005.
Esta foto mostra cromoblastomicose extensa envolvendo a extremidade inferior direita. Múltiplas lesões verrucosas e tumorais podem ser vistas.
Imagem cedida por cortesia de Karen McKoy, MD.
Diagnóstico da cromoblastomicose
Histopatologia
Cultura
Lesões tardias de cromoblastomicose apresentam uma aparência característica, mas o envolvimento precoce pode confundi-las com dermatofitoses.
Coloração de Fontana-Masson para melanina ajuda a confirmar a presença dos corpos escleróticos (corpos de nêspera), que são patognomônicos.
A cultura é necessária para identificar as espécies causadoras.
Tratamento da cromoblastomicose
Itraconazol
Terbinafina
Com frequência, cirurgia ou crioterapia
(Ver também Antifúngicos.)
O itraconazol é o medicamento mais eficaz para cromoblastomicose, embora nem todos os pacientes respondam a esse medicamento. Algumas vezes, a flucitosina é associada a fim de prevenir recaídas. Flucitosina não deve ser utilizada como monoterapia.
Relatos sugerem que posaconazol, voriconazol ou terbinafina também podem ser eficazes.
Anfotericina B é ineficaz.
Para lesões localizadas, excisão cirúrgica pode ser curativa.
Terapias adjuntas como crioterapia costumam ajudar, embora a resposta seja lenta.