É causada por Malassezia furfur, que se manifesta como múltiplas placas descamativas assintomáticas, com cor variando de branco, bege, marrom a rosa. O diagnóstico baseia-se na aparência clínica e no exame micológico com hidróxido de potássio dos raspados da pele. O tratamento é com antifúngicos tópicos e, às vezes, orais. A recorrência é comum.
Malassezia furfur é um fungo que pode existir como uma levedura como um fungo (um fungo dimórfico). Normalmente é um componente inócuo da flora cutânea, mas que, em alguns indivíduos, causa tinha versicolor. A maioria das pessoas afetadas é saudável.
Fatores que podem predispor à tinha versicolor incluem calor, umidade e imunossupressão devido a corticoides, gestação, desnutrição, diabetes e outras doenças.
A hipopigmentação na tinha versicolor ocorre por causa da inibição da tirosinase que faz o M. furfur produzir ácido azeláico.
Sinais e sintomas da tinha versicolor
Tinha versicolor é assintomática. Classicamente, consiste em múltiplas manchas descamativas marrom, branca, salmão ou rosa no tronco, pescoço, abdome e, às vezes, na face. As lesões podem coalescer. Em pacientes com pele clara, geralmente é diagnosticada nos meses de verão, pois as lesões não se bronzeiam, tornando-se mais evidentes em contraste com a pele bronzeada. A tínea versicolor é benigna e não é considerada contagiosa.
Nessa foto, a tínea versicolor se manifesta como várias manchas escamosas brancas no tronco.
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Uma mancha marrom bem demarcada é visível, junto com dois hemangiomas incidentais.
© Springer Science+Business Media
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Image courtesy of Karen McKoy, MD.
Imagem cedida por cortesia de Karen McKoy, MD.
Diagnóstico da tinha versicolor
Aparência clínica
Exame micológico (hidróxido de potássio)
Algumas vezes, exame com lâmpada de Wood
O diagnóstico da tinha versicolor baseia-se no aspecto clínico e na identificação de hifas e células embrionárias (“espaguete e almondegas”) no exame micológico com hidróxido de potássio dos raspados de escama fina. Também deve-se considerar vitiligo com máculas despigmentadas.
O exame com luz de Wood revela fluorescência dourada-esbranquiçada.
Tratamento da tinha versicolor
Antifúngicos tópicos
Algumas vezes, antifúngicos orais
(Ver tabela Opções para tratamento das infecções fúngicas superficiais.)
O tratamento da tinha versicolar é com qualquer antifúngico tópico. Exemplos incluem aplicação cutânea de sulfeto de selênio em xampus a 2,5% (10 minutos de aplicação diária, por 1 semana ou aplicação por 24h, semanalmente, por 1 mês); azóis tópicos (p. ex., cetoconazol a 2%, diariamente, por 2 semanas); banhos diários com sabão de piritionato de zinco a 2% ou xampu com tiossulfato de sódio/ácido salicílico a 2% aplicado à pele por 1 a 2 semanas.
Fluconazol, 150 mg/semana, por via oral, por 2 a 4 semanas, é indicado para pacientes com doença extensa e naqueles com recidivas frequentes.
A hipopigmentação resultante da tinea versicolor é reversível em meses a anos após a eliminação da levedura.
A recidiva é quase universal após o tratamento, pois o organismo causal é um habitante normal da pele. A boa higiene corporal, o uso regular de xampu de piritionato de zinco ou de um antifúngico tópico 1 vez por mês diminui a possibilidade da recidiva.
Pontos-chave
Embora a tínea versicolor possa ocorrer em pacientes que estão imunossuprimidos, a maioria dos pacientes afetados é saudável.
A doença é com frequência diagnosticada no verão porque as lesões hipopigmentadas tornam-se mais óbvias contra a pele bronzeada.
Tentar confirmar o diagnóstico encontrando hifas e células embrionárias no exame micológico (hidróxido de potássio) de raspados das escamas finas.
Tratar com antifúngicos tópicos ou orais.