Neuropatias autonômicas

PorElizabeth Coon, MD, Mayo Clinic
Revisado/Corrigido: jul. 2023
Visão Educação para o paciente

Neuropatias autonômicas são doenças do sistema nervoso periférico com o envolvimento desproporcional das fibras autonômicas.

(Ver também Visão geral do sistema nervoso autônomo.)

As neuropatias autonômicas mais conhecidas são aquelas associadas a neuropatias periféricas decorrentes de diabetes, amiloidose ou distúrbios autoimunes.

A neuropatia autonômica autoimune desenvolve-se com frequência após uma infecção viral e o início pode ser subagudo.

A insuficiência autonômica é, geralmente, uma manifestação tardia na neuropatia alcoólica.

Outras causas podem incluir toxinas, fármacos e síndromes paraneoplásicas.

Sinais e sintomas das neuropatias autonômicas

Os sintomas habituais incluem hipotensão ortostática, bexiga neurogênica, disfunção erétil, gastroparesia e obstipação persistente.

Quando as fibras somáticas estão envolvidas, podem ocorrer perda sensorial do tipo “luva e bota” e fraqueza distal.

Diagnóstico das neuropatias autonômicas

  • Avaliação clínica

O diagnóstico da neuropatia autonômica baseia-se na demonstração da insuficiência autonômica e da causa específica da neuropatia (p. ex., diabetes, amiloidose).

Pode-se suspeitar de neuropatia autonômica autoimune após infecção viral.

Testes para identificar o anticorpo alfa-3 do receptor de acetilcolina nicotínico ganglionar sérico (anticorpo antiganglionar AChR [α3- AChR]) podem ser conduzidos. Esse anticorpo está presente em aproximadamente metade dos pacientes com neuropatia autonômica autoimune e ocasionalmente em pacientes com outras neuropatias autonômicas.

Tratamento das neuropatias autonômicas

  • Tratamento das doenças subjacentes

  • Algumas vezes, imunoterapia, troca plasmática e gamaglobulina IV

Tratam-se os transtornos subjacentes, assim como os sintomas.

Neuropatia autonômica autoimune pode responder à imunoterapia; em casos mais graves pode-se fazer troca plasmática ou administrar gamaglobulina IV.

Pontos-chave

  • Diagnosticar com base na identificação dos sintomas decorrentes de insuficiência autônoma (p. ex., hipotensão ortostática, bexiga neurogênica, disfunção erétil, gastroparesia, obstipação intratável) e uma causa de neuropatia.

  • Tratar as doenças subjacentes, se identificadas; tentar imunoterapia se for diagnosticada insuficiência autonômica autoimune ou, se os sintomas são graves, troca plasmática ou gamaglobulina IV.

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