(Ver também Visão geral dos distúrbios vasculares do fígado.)
Podem medir de poucos milímetros até 3 cm de diâmetro e os cistos da peliose hepática não apresentam uma camada celular delineadora, sendo circundados por hepatócitos. Alguns, entretanto, apresentam uma camada de revestimento de células endoteliais e ocorrem entre sinusoides hepáticos dilatados. A causa mais provável é a lesão da camada de delineamento endotelial sinusoidal. A peliose hepática está associada a hormônios (p. ex., esteroides anabolizantes, contraceptivos orais e glicocorticoides), tamoxifeno, cloreto de vinila, vitamina A e, principalmente em pacientes transplantados renais, azatioprina.
Em geral, a peliose hepática é assintomática, mas, ocasionalmente, pode apresentar ruptura espontânea com hemorragia (algumas vezes, fatal). Alguns pacientes desenvolvem doença hepática evidente caracterizada por icterícia, hepatomegalia e falência hepática.
Casos leves podem ser diagnosticados apenas incidentalmente durante exames de imagem para investigação de alterações de hepáticos ou por outras razões. Ultrassonografia ou TC podem detectar os cistos.
A maioria dos casos não é tratada.