A síndrome de Mallory-Weiss consiste em laceração não penetrante das mucosas do esôfago distal e do estômago proximal, causada por vômitos, ânsia ou soluços.
(Ver também Visão geral das doenças esofágicas e de deglutição.)
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Inicialmente descrita em pacientes com transtorno por uso de álcool, a síndrome de Mallory-Weiss pode ocorrer em qualquer paciente que vomite vigorosamente. É a causa de cerca de 5-10% dos episódios de hemorragia digestiva alta (1).
A ruptura também pode ser acompanhada por dor na parte inferior do tórax.
Referência
1. Knoblauch M, Stevka E, Lämmli J, et al: The Mallory-Weiss-syndrome: a clinical study of 20 cases. Endoscopy 8(1):5-9, 1976. doi: 10.1055/s-0028-1098366
Diagnóstico da síndrome de Mallory-Weiss
Endoscopia por via alta
O diagnóstico da síndrome de Mallory-Weiss é sugerido clinicamente por uma história típica de hematêmese, ocorrendo após um ou mais episódios de vômitos não sanguinolentos. Nesses casos, se a quantidade de sangramento é mínima e o paciente está estável, pode-se adiar os exames e alguns pacientes podem receber alta hospitalar.
Do contrário, se a história não está clara ou o sangramento é contínuo, o paciente deve ser submetido à avaliação para sangramento GI, tipicamente com endoscopia alta e exames laboratoriais. Endoscopia digestiva alta também pode ser terapêutica porque um clipe pode ser colocado sobre a ruptura para controlar o sangramento.
Tratamento da síndrome de Mallory-Weiss
Medidas para interromper o sangramento
A maioria dos episódios de sangramento cessa espontaneamente; sangramento grave ocorre em cerca de 10% dos pacientes, que requerem intervenção significativa, como transfusão ou hemostasia endoscópica (por colocação do clipe, injeção de etanol ou adrenalina ou por eletrocautério). Infusão intra-arterial de vasopressina ou embolização terapêutica na artéria gástrica esquerda durante angiografia também pode ser utilizada para controlar sangramento.
Cirurgia raramente é necessária.