Cistos de Baker

(Cistos de Baker; cistos poplíteos)

PorDeepan S. Dalal, MD, MPH, Brown University
Revisado/Corrigido: mar. 2024
Visão Educação para o paciente

Cistos de Baker são bolsas aumentadas na fossa poplítea. São preenchidas com líquido sinovial e geralmente se comunicam com o espaço articular adjacente. Os sintomas incluem dor, edema atrás do joelho, rigidez no joelho e diminuição da amplitude de movimento. Em geral, o diagnóstico é clínico; entretanto, ultrassonografia ou ressonância magnética pode ser necessária se os achados clínicos são inconclusivos. Se sintomático, o tratamento inclui anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, às vezes, drenagem, injeção de corticoides ou remoção cirúrgica do cisto.

Cistos de Baker são bursas poplíteas cheias de líquido que se desenvolvem a partir do acúmulo de líquido sinovial do joelho. A maioria dos cistos de Baker é pequena e não causa sintomas. Quando se tornam maiores (> 5 cm), podem ser percebidos pelo paciente como um inchaço atrás do joelho.

Etiologia dos cistos de Baker

A maioria dos cistos de Baker acumula líquido no espaço articular adjacente do joelho. A causa do aumento da produção de líquido sinovial é a doença articular subjacente. O líquido sinovial flui da articulação em direção ao cisto à extensão do joelho. Os cistos de Baker podem se desenvolver sem comunicação com a articulação do joelho (p. ex., a partir da bolsa do músculo gastrocnêmio e da bolsa do músculo semimembráceo) em crianças.

Cistos de Baker são comumente causados por

  • Lesão prévia no joelho

  • Artrite reumatoide e outras artropatias inflamatórias

  • Osteoartrite

  • Uso excessivo do joelho

Sinais e sintomas dos cistos de Baker

Os cistos de Baker podem ser assintomáticos, mas são visíveis quando se tornam inchados (p. ex., ≥ 5 cm). A compressão do tecido adjacente pode causar dor, geralmente à extensão do joelho. Os pacientes se queixam de piora da dor, aumento da rigidez do joelho e diminuição da amplitude de movimento à medida que o tamanho do cisto aumenta. Os cistos podem se romper, simulando trombose venosa profunda, com edema distal nas pernas, eritema, calor e/ou sinal de Homan.

Dicas e conselhos

  • Considerar ruptura do cisto de Baker em pacientes, particularmente aqueles com derrames crônicos no joelho ou dor aguda no joelho, que também têm suspeita de trombose venosa profunda.

Diagnóstico do cisto de Baker

  • Avaliação clínica

  • Às vezes, ultrassonografia

  • Às vezes, ressonância magnética

Os cistos de Baker estão na fossa poplítea. Os cistos são mais proeminentes e firmes quando o paciente está em pé e o joelho está totalmente estendido.

Se os achados clínicos forem inconclusivos (p. ex., se os cistos são pequenos ou dolorosos; exigem diferenciação de trombose venosa profunda ou deposição de gordura poplítea), pode-se fazer ultrassonografia. Realiza-se ressonância magnética ocasionalmente, p. ex., se a ultrassonografia for inconclusiva ou para diagnosticar e caracterizar desarranjos internos do joelho que podem exigir cirurgia.

Se o início é agudo ou subagudo, com suspeita de inflamação, deve-se realizar aspiração da articulação ou bursa para excluir infecção ou artrite associada a cristais (como é apropriado em qualquer artrite monoarticular aguda).

Tratamento do cisto de Baker

  • Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)

  • Aspiração articular e injeção de corticoides

  • Remoção cirúrgica do cisto

Os cistos assintomáticos não exigem tratamento. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) são o tratamento primário para cistos sintomáticos de Baker.

Pode-se realizar aspiração articular para remover líquidos e aliviar a dor e o edema. Artrocentese e injeção de corticoide são às vezes utilizadas para tratar inflamação. Algumas vezes o cisto é aspirado sob orientação ultrassonográfica. A remoção cirúrgica do cisto é uma alternativa se outros tratamentos não são eficazes.

Pontos-chave

  • As causas comuns dos cistos de Baker são lesão prévia, artrite reumatoide, osteoartrite ou uso excessivo do joelho.

  • Se os achados clínicos são inconclusivos, realiza-se ultrassonografia ou, menos frequentemente, ressonância magnética.

  • Se sintomático, tratar a maioria dos casos com AINEs e, às vezes, artrocentese e injeção de corticoide.

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