Hiperesplenismo

PorHarry S. Jacob, MD, DHC, University of Minnesota Medical School
Revisado/Corrigido: mar. 2023
Visão Educação para o paciente

Consiste em citopenia causada por esplenomegalia.

(Ver também Visão geral do baço.)

É um processo secundário que pode surgir em consequência da esplenomegalia de qualquer causa (ver tabela Causas comuns de esplenomegalia). Esplenomegalia aumenta a filtragem mecânica do baço e a destruição de eritrócitos e, com frequência, de leucócitos e plaquetas. A hiperplasia compensatória da medula óssea ocorre naquelas linhagens de células que estão reduzidas na circulação.

Sinais e sintomas do hiperesplenismo

A esplenomegalia é a característica; o tamanho do baço se correlaciona ao grau da citopenia. Outros achados clínicos normalmente resultam de doença de base.

Diagnóstico do hiperesplenismo

  • Exame físico

  • Às vezes, ultrassonografia

  • Hemograma completo

Suspeita-se de hiperesplenismo em pacientes com esplenomegalia, anemia ou citopenias. A avaliação é semelhante à da esplenomegalia.

A menos que outras manifestações coexistam para compor sua gravidade, anemia e outras citopenias são modestas e assintomáticas [p. ex., contagem de plaquetas, 50 a 100 × 103/mcL (50 a 100 × 109/L); contagem de leucócitos, 2500 a 4000/mcL (2,5 a 4 × 109/L) com contagem diferencial de leucócitos normal]. A morfologia dos eritrócitos é quase sempre normal, exceto para os ocasionais dacriócitos e esferócitos. A reticulocitose é usual.

Tratamento do hiperesplenismo

  • Possível ablação esplênica (esplenectomia ou irradiação)

  • Vacinação e antibióticos profiláticos para pacientes submetidos à esplenectomia

O tratamento é direcionado à doença subjacente. No entanto, se o hiperesplenismo for a única manifestação grave da doença (p. ex., doença de Gaucher), pode-se indicar a ablação esplênica por esplenectomia ou radioterapia. As indicações de esplenectomia ou radioterapia no hiperesplenismo estão detalhadas abaixo (ver tabela Indicações para esplenectomia ou radioterapia no hiperesplenismo).

Como o baço íntegro protege contra infecções graves pelas bactérias encapsuladas, sempre que possível deve-se evitar fazer esplenectomia, e os pacientes esplenectomizados precisam de imunização prévia contra infecção por Streptococcus pneumoniae, Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae. Os pacientes também devem receber vacinas contra influenza e covid-19 e podem precisar de outras vacinas dependendo da sua situação clínica.

Após a esplenectomia os pacientes se tornam particulamente suscetíveis a sepse grave por microrganismos encapsulados e costumam receber profilaxia diária com antibióticos como penicilina ou amoxicilina, sobretudo quando têm contato regular com crianças. Pacientes que desenvolvem febre devem ser cuidadosamente avaliados para infecção.

Tabela
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