Nervos

PorKenneth Maiese, MD, Rutgers University
Revisado/Corrigido: jan. 2024
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Fatos rápidos

    O sistema nervoso periférico é composto por mais de 100 bilhões de células nervosas (neurônios) que percorrem todo o organismo como fios, fazendo conexões entre o cérebro e outras partes do corpo, e muitas vezes entre si.

    Os nervos periféricos consistem em feixes de fibras nervosas, revestidas por muitas camadas de tecido composto por uma substância gordurosa chamada mielina. Essas camadas formam a bainha de mielina, que acelera a condução de impulsos nervosos ao longo da fibra nervosa. Os nervos conduzem impulsos em diferentes velocidades, dependendo do seu diâmetro e da quantidade de mielina em volta deles.

    O sistema nervoso periférico tem duas partes:

    • O sistema nervoso somático

    • O sistema nervoso autônomo

    Sistema nervoso somático

    O sistema nervoso somático é composto por nervos que ligam o cérebro e a medula espinhal aos músculos controlados por esforço consciente (músculos voluntários ou esqueléticos) e aos receptores sensitivos da pele. Os receptores sensitivos são as terminações especializadas das fibras nervosas que detectam informações no corpo e em volta dele.

    Sistema nervoso autônomo

    O sistema autônomo liga o tronco cerebral e a medula espinhal aos órgãos internos e regula os processos corporais internos que não exigem um esforço consciente, de modo que as pessoas geralmente não estão cientes deles (consulte Considerações gerais sobre o sistema nervoso autônomo). Por exemplo, a força e a frequência cardíaca e respiratória, a pressão arterial e a velocidade da passagem dos alimentos através do trato digestivo.

    O sistema nervoso autônomo tem duas divisões:

    • Sistema simpático: Sua principal função é a de preparar o organismo para situações de estresse ou de emergência, para lutar ou fugir.

    • Sistema parassimpático: Sua principal função é manter normais as funções corporais durante situações ordinárias.

    Esses dois sistemas trabalham em conjunto: normalmente, um ativa e o outro inibe as ações dos órgãos internos. Por exemplo, o sistema simpático aumenta a pulsação, a pressão arterial e a frequência respiratória, enquanto o parassimpático as diminui.

    Estrutura típica de um neurônio

    Um neurônio é composto por um corpo celular grande e fibras nervosas – um prolongamento extenso (axônio), que envia impulsos elétricos e, em geral, no extremo oposto do neurônio, várias ramificações (dendritos) que recebem os impulsos. Os impulsos do axônio atravessam uma sinapse (a junção entre duas células nervosas) para o dendrito de outra célula.

    Cada axônio grande é revestido por oligodendrócitos no cérebro e na medula espinhal, e por células de Schwann no sistema nervoso periférico. As membranas dessas células são compostas por uma substância rica em gordura (lipoproteína) denominada mielina. As membranas envolvem o axônio, formando uma bainha de várias camadas. Essa bainha de mielina é semelhante a um isolante, como aquele que reveste um fio elétrico. Os impulsos nervosos viajam muito mais depressa nos nervos revestidos por uma bainha de mielina do que naqueles sem revestimento.

    Nervos cranianos e nervos espinhais

    Os nervos cranianos conectam diretamente o cérebro e o tronco cerebral com os olhos, ouvidos, nariz e garganta, e com várias partes da cabeça, pescoço e tronco. Há doze pares deles (consulte Considerações gerais dos nervos cranianos). Os nervos cranianos transmitem informações sensoriais, incluindo tato, visão, paladar, olfato e audição.

    Os nervos espinhais conectam a medula espinhal com outras partes do corpo. O cérebro se comunica com quase todo o corpo através dos nervos espinhais. Há 31 pares deles, localizados nos intervalos ao longo da medula espinhal (consulte Considerações gerais sobre doenças da medula espinhal). Diversos nervos cranianos e a maioria dos nervos espinhais estão envolvidos nas partes somática e autônoma do sistema nervoso periférico.

    Os nervos espinhais emergem da medula espinhal pelos espaços entre as vértebras. Cada nervo emerge como duas ramificações curtas (chamadas raízes nervosas espinhais): uma na parte da frente e outra na parte posterior da medula espinhal.

    • Raiz nervosa motora (raiz nervosa anterior): a raiz motora surge na parte frontal da medula espinhal. As fibras nervosas motoras transportam comandos do cérebro e da medula espinhal para outras partes do corpo, em especial para os músculos esqueléticos.

    • Raiz nervosa sensitiva (raiz nervosa posterior): a raiz sensitiva está localizada na parte de trás da medula espinhal. As fibras nervosas sensitivas transportam para o cérebro informações sensoriais (em relação à posição corporal, luz, tato, temperatura e dor) provenientes de outras partes do organismo. As fibras nervosas sensoriais em cada raiz nervosa sensorial transportam informações de uma área específica do corpo, denominada dermátomo.

    Após deixar a medula espinhal, as raízes nervosas motora e sensitiva correspondentes juntam-se para formar um único nervo espinhal.

    Alguns nervos espinhais formam redes de nervos entrelaçados, denominados plexos nervosos. Em um plexo, as fibras nervosas dos diferentes nervos espinhais são selecionadas e recombinadas, de forma que todas as fibras indo ou vindo de uma área de uma parte específica do corpo se juntam num único nervo (consulte a figura Caixas de junção nervosa: os plexos).

    Há dois plexos nervosos principais:

    • Plexo braquial: ordena e recombina as fibras nervosas que passam pelos braços e mãos

    • Plexo lombossacral: ordena e recombina as fibras nervosas que vão até as pernas e pés

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