Os ouriços-do-mar estão presentes em todo o mundo. Muitas lesões do ouriço-do-mar são decorrentes dos espinhos que se rompem na pele e causam reações tissulares locais. Sem tratamento, os espinhos podem migrar para tecidos profundos, causando lesão nodular granulomatosa, ou encravar em nervos ou ossos. Também se observam dores articulares, musculares e dermatite. Poucos ouriços-do-mar (p. ex., Globiferous pedicellariae) têm órgãos venenosos com mandíbulas calcárias que podem penetrar na pele humana, mas as lesões são raras.
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O diagnóstico é usualmente óbvio pela história. Cor azulada no local de entrada ajuda a localizar o espinho. A radiografia auxilia quando a localização não é evidente ao exame clínico.
Tratamento das picadas de ouriço-do-mar
Remoção do esporão
O tratamento de uma perfuração por espinho de ouriço-do-mar é a remoção imediata. Vinagre dissolve espinhos mais superficiais; é suficiente embeber a ferida com vinagre várias vezes ao dia ou aplicar compressas úmidas (1). Raramente há necessidade de se realizar uma pequena incisão para remover o espinho; deve-se ter cuidado, pois ele é frágil. Quando migra para tecidos profundos, há necessidade de remoção cirúrgica. Após a retirada dos espinhos, a dor pode continuar por alguns dias; dor persistente além de 5 a 7 dias levanta suspeita de infecção ou de um fragmento de espinho retido. Compressas quentes podem ajudar a aliviar a dor.
As picadas de G. pedicellariae são tratadas com lavagem da região e aplicação tópica de bálsamo mentolado.
Deve-se administrar profilaxia antitetânica (ver tabela Profilaxia antitetânica no tratamento de rotina de ferimentos).
Referência sobre tratamento
1. Smith, ML. Skin problems from marine echinoderms. Derm Ther. 2002;15:30-33. https://doi.org/10.1046/j.1529-8019.2002.01502.x