Granuloma anular

PorJulia Benedetti, MD, Harvard Medical School
Revisado/Corrigido: mai. 2024
Visão Educação para o paciente

Granuloma anular é uma doença crônica, benigna, idiopática, caracterizada por pápulas ou nódulos, que se expandem perifericamente, formando um anel ao redor de pele normal ou levemente deprimida. O diagnóstico baseia-se em avaliação clínica e, às vezes, biópsia. O tratamento é com corticoides tópicos ou intralesionais, tacrolimo tópico, crioterapia e fototerapia.

Etiologia do granuloma anular

A etiologia do granuloma anular não é bem definida, mas se propõe um mecanismo que compreende a imunidade mediada por células (tipo IV), vasculite por imunocomplexo e uma anormalidade dos monócitos teciduais. Apuraram-se várias doenças, infecções, medicamentos e fatores ambientais em relação ao granuloma anular, mas estas associações ainda não estão claras. É duas vezes mais prevalente em mulheres.

Sinais e sintomas do granuloma anular

As lesões são eritematosas, castanho-amareladas, azuladas ou de cor semelhante à da pele adjacente; pode haver uma ou mais lesões, sendo frequente no dorso dos pés, pernas, mãos ou dedos. Em geral, são assintomáticas e ocasionalmente sensíveis. As lesões geralmente se expandem ou se fundem para formar anéis. O centro de cada anel pode ser claro ou levemente deprimido e às vezes pálido ou marrom claro. Em alguns casos, as lesões podem ser generalizadas e disseminadas. As lesões podem parecer hipopigmentadas na pele escura.

Granuloma anular
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Esta foto mostra as lesões cutâneas típicas do granuloma anular. As lesões se manifestam como anéis com uma área central clara.
Foto fornecida por Thomas Habif, MD.

Diagnóstico do granuloma anular

  • Avaliação clínica

  • Às vezes, biópsia

O diagnóstico de granuloma anular geralmente é clínico, sendo confirmado por biópsia.

Ao contrário da tinha do corpo (que pode causar lesões anulares salientes com clareira central), o granuloma anular normalmente não tem escamas e não coça.

Tratamento do granuloma anular

  • Para lesões localizadas, algumas vezes corticoides tópicos ou intralesionais potentes, tacrolimo tópico, crioterapia e/ou fototerapia

  • Para lesões disseminadas, às vezes hidroxicloroquina, isotretinoína, dapsona e/ou ciclosporina

Normalmente nenhum tratamento é necessário; a regressão espontânea é comum, mas pode levar anos. Para pacientes com lesões mais disseminadas ou incômodas, pode-se desejar resolução mais rápida.

Para lesões localizadas, pode-se utilizar corticoides tópicos ou intralesionais de alta resistência, tacrolimo tópico, crioterapia e várias formas de fototerapia.

Para lesões disseminadas, hidroxicloroquina, isotretinoína, dapsona e ciclosporina podem ser bem-sucedidas.

Há relatos de que a terapia com inibidores do fator de necrose tumoral (TNF) alfa é eficaz no tratamento do granuloma anular, mas também foi relatada como um potencial fator de incitação em alguns pacientes.

Pontos-chave

  • Diagnosticar o granuloma anular clinicamente (p. ex., os característicos anéis com clareira central e ausência de escamas).

  • Se os sintomas são incômodos, considerar vários medicamentos tópicos ou sistêmicos, crioterapia ou fototerapia.

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