Radiografia convencional

PorMustafa A. Mafraji, MD, Rush University Medical Center
Revisado/Corrigido: nov. 2023
Visão Educação para o paciente

A radiografia convencional é feita com o uso de raios X. Algumas vezes o termo “raios X simples” é utilizado para diferenciar os raios X isolados dos raios X associados a outras técnicas (p. ex., TC).

Para as radiografias simples é gerado um feixe de raios X que atravessam o paciente até um filme ou detector, o qual registra a quantidade de radiação recebida, produzindo uma imagem. Diferentes tecidos moles atenuam os fótons de raios X de forma diferente, dependendo da densidade do tecido; quanto mais denso o tecido, mais branca (mais radiopaca) a imagem. A variação de densidades, das mais densas para as menos densas, é representada por metais branco (radiopaco)], córtex do osso (menos branco), gordura (cinza), músculo e líquidos (cinza bem mais escuro) e ar ou gás preto (radiolucente)].

Usos da radiografia convencional

A radiografia é o método de exame de imagem mais prontamente disponível. Tipicamente, é o primeiro método de imagem indicado para avaliação de extremidades, tórax e algumas vezes coluna e abdome. Estas áreas apresentam estruturas importantes com densidades que diferem das densidades dos tecidos adjacentes. Por exemplo, a radiografia é o exame de primeira linha para detecção de:

  • Fraturas: O osso é bem visualizado por estar adjacente a tecidos moles acinzentados.

  • Pneumonia: exsudato inflamatório que preenche os pulmões sendo bem visualizado devido ao contraste com espaços adjacentes mais radiolucentes que contêm ar.

  • Obstrução intestinal: alças intestinais dila- tadas preenchidas por ar são bem visualizadas no meio dos tecidos moles adjacentes.

Variações da radiografia convencional

Exames com contraste

Quando a densidade dos tecidos adjacentes é similar, adiciona-se o agente de contraste radiopaco a um tecido ou estrutura para diferenciá-lo dos adjacentes. As estruturas que tipicamente necessitam do acréscimo de contraste para aumentar a visibilidade incluem os vasos sanguíneos e a luz do trato gastrointestinal, o sistema biliar e o sistema geniturinário. O gás pode ser utilizado para distender o trato gastrointestinal inferior e torná-lo visível.

Outros exames de imagem (p. ex., TC, MRI) substituíram em larga escala os exames com contraste devido a suas imagens tomográficas fornecerem melhor localização anatômica de uma anormalidade. Procedimentos endoscópicos substituíram em grande parte os exames com contraste de bário de esôfago, estômago e trato intestinal alto.

Fluoroscopia

Um feixe contínuo de raios X é utilizado para produzir imagens em tempo real de estruturas ou objetos em movimento. Fluoroscopia é utilizada com maior frequência

  • Com meios de contraste (p. ex., exames de deglutição ou cateterismo das artérias coronárias)

  • Durante procedimentos médicos para orientar a colocação cardíaca de um eletrodo, catéter ou agulha (p. ex., em exames eletrofisiológicos ou intervenções coronarianas percutâneas)

A fluoroscopia também pode ser utilizada em tempo real para detectar o movimento do diafragma, dos ossos e das articulações (p. ex., para avaliar a estabilidade das lesões musculoesqueléticas).

Desvantagens da radiografia convencional

A precisão diagnóstica é limitada em várias situações. Outros exames de imagem pode ter vantagens, como fornecer mais detalhes, maior segurança ou mais rapidez.

Agentes de contraste intestinais como bário e gastrografina (um agente de contraste oral à base de iodo), se utilizados, têm desvantagens (ver Desvantagens da TC) e agentes de contraste IV têm riscos.

A fluoroscopia pode envolver altas doses de radiação (ver Riscos da radiação em procedimentos médicos).

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