A radiografia convencional é feita com o uso de raios X. Algumas vezes o termo “raios X simples” é utilizado para diferenciar os raios X isolados dos raios X associados a outras técnicas (p. ex., TC).
Para as radiografias simples é gerado um feixe de raios X que atravessam o paciente até um filme ou detector, o qual registra a quantidade de radiação recebida, produzindo uma imagem. Diferentes tecidos moles atenuam os fótons de raios X de forma diferente, dependendo da densidade do tecido; quanto mais denso o tecido, mais branca (mais radiopaca) a imagem. A variação de densidades, das mais densas para as menos densas, é representada por metais branco (radiopaco)], córtex do osso (menos branco), gordura (cinza), músculo e líquidos (cinza bem mais escuro) e ar ou gás preto (radiolucente)].
Usos da radiografia convencional
A radiografia é o método de exame de imagem mais prontamente disponível. Tipicamente, é o primeiro método de imagem indicado para avaliação de extremidades, tórax e algumas vezes coluna e abdome. Estas áreas apresentam estruturas importantes com densidades que diferem das densidades dos tecidos adjacentes. Por exemplo, a radiografia é o exame de primeira linha para detecção de:
Fraturas: O osso é bem visualizado por estar adjacente a tecidos moles acinzentados.
Pneumonia: exsudato inflamatório que preenche os pulmões sendo bem visualizado devido ao contraste com espaços adjacentes mais radiolucentes que contêm ar.
Obstrução intestinal: alças intestinais dila- tadas preenchidas por ar são bem visualizadas no meio dos tecidos moles adjacentes.
Imagem cedida por cortesia de Hakan Ilaslan, MD.
Imagem cedida por cortesia de Hakan Ilaslan, MD.
Variações da radiografia convencional
Exames com contraste
Quando a densidade dos tecidos adjacentes é similar, adiciona-se o agente de contraste radiopaco a um tecido ou estrutura para diferenciá-lo dos adjacentes. As estruturas que tipicamente necessitam do acréscimo de contraste para aumentar a visibilidade incluem os vasos sanguíneos e a luz do trato gastrointestinal, o sistema biliar e o sistema geniturinário. O gás pode ser utilizado para distender o trato gastrointestinal inferior e torná-lo visível.
Outros exames de imagem (p. ex., TC, MRI) substituíram em larga escala os exames com contraste devido a suas imagens tomográficas fornecerem melhor localização anatômica de uma anormalidade. Procedimentos endoscópicos substituíram em grande parte os exames com contraste de bário de esôfago, estômago e trato intestinal alto.
Fluoroscopia
Um feixe contínuo de raios X é utilizado para produzir imagens em tempo real de estruturas ou objetos em movimento. Fluoroscopia é utilizada com maior frequência
Com meios de contraste (p. ex., exames de deglutição ou cateterismo das artérias coronárias)
Durante procedimentos médicos para orientar a colocação cardíaca de um eletrodo, catéter ou agulha (p. ex., em exames eletrofisiológicos ou intervenções coronarianas percutâneas)
A fluoroscopia também pode ser utilizada em tempo real para detectar o movimento do diafragma, dos ossos e das articulações (p. ex., para avaliar a estabilidade das lesões musculoesqueléticas).
Desvantagens da radiografia convencional
A precisão diagnóstica é limitada em várias situações. Outros exames de imagem pode ter vantagens, como fornecer mais detalhes, maior segurança ou mais rapidez.
Agentes de contraste intestinais como bário e gastrografina (um agente de contraste oral à base de iodo), se utilizados, têm desvantagens (ver Desvantagens da TC) e agentes de contraste IV têm riscos.
A fluoroscopia pode envolver altas doses de radiação (ver Riscos da radiação em procedimentos médicos).