Mortalidade materna e mortalidade perinatal

PorRaul Artal-Mittelmark, MD, Saint Louis University School of Medicine
Revisado/Corrigido: set. 2022
Visão Educação para o paciente

    Em 2020, a taxa geral de mortalidade materna nos Estados Unidos foi de 23,8 mortes/100.000 nascidos vivos (1). A taxa de mortalidade materna é maior nos Estados Unidos do que em países europeus (p. ex., Alemanha, Países Baixos, Polônia, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido).

    Taxas de mortalidade materna em países selecionados

    Taxa de mortalidade materna se refere ao número de mulheres que morrem de causas relacionadas com a gestação durante a gestação ou em 42 dias após o final da gestação por 100.000 nascidos vivos. Em 2017, as taxas variaram de 2 (Polônia) a 1.150 (Sudão do Sul) por 100.000 nascidos vivos (países não mostrados). A taxa de mortalidade materna é maior nos Estados Unidos do que em outros países ocidentais.

    Dados obtidos de World Health Organization, United Nations Children’s Fund (UNICEF), United Nations Population Fund (UNFPA), The World Bank, e United Nations Population Division. Trends in Estimates of Maternal Mortality Ratio (MMR; Maternal Deaths per 100,000 Live Births) 2000–2017. Geneva, World Health Organization, 2019.

    As disparidades por raça e etnia na taxa de mortalidade materna são significativas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, as taxas em 2020 foram mais altas em mulheres negras não hispânicas (55,3/100.000), em comparação com 18,2/100.000 em mulheres hispânicas e 19,1/100.000 em mulheres brancas não hispânicas (1).

    No Brasil, a mortalidade materna é cerca de 5 vezes maior em mulheres afro-descendentes do que em mulheres brancas; no Reino Unido, é mais alto em mulheres negras do que em mulheres brancas (2).

    Em todo o mundo, a porcentagem de morte materna é a seguinte (3):

    • Anteparto: 25%

    • Intraparto e pós-parto: 25%

    • Pós-parto tardio: cerca de 30%

    • Mais de 42 dias, mas menos de 1 ano após o parto: cerca de 20%

    Estatísticas de morte materna incluem causas obstétricas diretas e indiretas. As causas mais comuns da morte materna em todo o mundo são

    Em geral, vários fatores contribuem para a mortalidade materna (4). Incluem

    • Atraso na decisão de procurar atendimento

    • Atraso na chegada a uma instituição de saúde apropriada (muitas vezes por causa da distância ou falta de transporte)

    • Atraso no recebimento de atendimento adequado em uma instituição de saúde

    Cerca de 3 de 5 mortes maternas são preveníveis (5).

    Define-se a taxa de mortalidade perinatal como o número de mortes de lactentes < 7 dias de idade e mortes fetais com ≥ 28 semanas de gestação por 1.000 nascidos vivos. A taxa de mortalidade perinatal nos Estados Unidos em 2019 foi de 5,7 mortes perinatais por 1.000 nascidos vivos — uma queda de 4% em relação a 2017 (6).

    As taxas por raça e etnia foram

    • 4,7 para filhos não hispânicos de mulheres brancas

    • 9,9 para filhos de mulheres negras não hispânicas

    • 5,1 para filhos de mulheres hispânicas

    As causas mais comuns da morte perinatal (7) são

    Outras características maternas que aumentam o risco de mortalidade perinatal incluem idade materna (muito mais jovem ou mais velha do que a média), tabagismo e gestações múltiplas.

    Referências sobre mortalidade materna e perinatal

    1. 1. Hoyert DL: Maternal mortality rates in the United States, 2020. Centers for Disease Control and Prevention: National Center for Health Statistics Health, E-Stats, 2022. doi: https://dx.doi.org/10.15620/cdc:113967external icon

    2. 2. Small M, Allen T, Brown HL: Global disparities in maternal morbidity and mortality. Semin Perinatol 41 (5): 318–322, 2017. doi: 10.1053/j.semperi.2017.04.009

    3. 3. Kassebaum NJ, Bertozzi-Villa A, Coggeshall MS: Global, regional, and national levels and causes of maternal mortality during 1990–2013: A systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet 13;384 (9947):980–1004, 2014. doi: 10.1016/S0140-6736(14)60696-6

    4. 4. Barnes-Josiah D, Myntti C, Augustin A: The “three delays” as a framework for examining maternal mortality in Haiti. Soc Sci Med 46 (8):981–993, 1998. doi: 10.1016/s0277-9536(97)10018-1

    5. 5. Petersen EE, Nicole L. Davis NL, Goodman D, et al: Vital Signs: Pregnancy-related deaths, United States, 2011–2015, and strategies for prevention, 13 states, 2013–2017. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 68 (18): 423–429, 2019. doi: 10.15585/mmwr.mm6818e1

    6. 6. Valenzuela CP, Gregory ECW, Martin, JA: Decline in perinatal mortality in the United States, 2017–2019. Centers for Disease Control and Prevention: National Center for Health Statistics Health Data Brief No. 429, 2022.

    7. 7. Say L, Chou D, Gemmill A, et al: Global causes of maternal death: A WHO systematic analysis. Lancet Glob Health 2 (6):e323–33, 2014. doi: 10.1016/S2214-109X(14)70227-X

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