Craniossinostose

PorSimeon A. Boyadjiev Boyd, MD, University of California, Davis
Revisado/Corrigido: set. 2022
Visão Educação para o paciente

Craniossinostose é a fusão prematura de uma ou mais suturas da calota craniana.

    (Ver também Introdução às doenças craniofaciais e musculoesqueléticas e Visão geral das anormalidades craniofaciais congênitas.)

    Fusão prematura das suturas causa uma deformidade no crânio característica decorrente da diminuição no crescimento em uma direção perpendicular à sutura fechada. Ela ocorre em 1 de 2.500 nascidos vivos. Há vários tipos, dependendo de qual sutura está fundida.

    Suturas cranianas

    Um geneticista clínico deve avaliar todos os pacientes afetados, mesmo nos casos de anomalia congênita aparentemente isolada.

    Deve-se considerar análise cromossômica por microarranjo, testes genéticos específicos ou testes genéticos mais amplos na avaliação de pacientes com anomalias craniofaciais congênitas. Se os resultados desses testes não levarem a um diagnóstico, recomenda-se a análise do sequenciamento de todo o exoma.

    Craniossinostose sagital

    Craniossinostose sagital é o tipo mais comum e leva a um crânio estreito e longo (dolicocefalia). A maioria dos casos é isolada e esporádica, com risco de recorrência nos futuros descendentes < 3%. Dificuldade de aprendizagem pode estar presente em até 40 a 50% dos pacientes. Vários genes foram implicados na craniossinostose sagital, mas a análise cromossômica por microarranjo não costuma ser necessária, a menos que haja atraso no desenvolvimento ou outras anomalias congênitas.

    Craniosynostosis sagital
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    Esta foto mostra um lactente com craniossinostose sagital que leva a um crânio estreito e longo (dolicocefalia).
    © Springer Science+Business Media

    Craniossinostose coronal

    Craniossinostose coronal é o segundo tipo mais comum e pode ser bilateral, resultando em um crânio curto e largo (braquicefalia), ou unilateral, causando deformidade craniana diagonal (plagiocefalia). A plagiocefalia verdadeira (isto é, causada pela craniosinostose) muitas vezes resulta em órbitas assimétricas e deve ser diferenciada da plagiocefalia posicional, que é decorrente do torcicolo ou posicionamento do lactente predominantemente em um dos lados e não resulta em órbitas assimétricas. Na plagiocefalia posicional, a parte posterior do crânio é achatada em um dos lados, há protuberância frontal no mesmo lado, e a orelha no lado achatado pode ser impelida para a frente, mas as órbitas permanecem simétricas.

    Cerca de 25% dos casos de craniossinostose coronal são sindrômicas e decorrentes de mutações em um único gene ou defeitos cromossômicos. Identificaram-se mutações em vários genes em pacientes com craniossinostose coronal não sindrômica isolada. Especificamente, 32% dos pacientes com craniossinostose coronal bilateral e 10% dos pacientes com craniossinostose coronal unilateral têm mutações no gene TCF12 (1). Atualmente, é recomendado teste genético específico mesmo em casos esporádicos.

    A craniossinostose coronal está comumente associada a anomalias faciais e extracranianas no contexto das síndromes de Crouzon, Muenke, Pfeiffer, Saethre-Chotzen, Carpenter ou Apert.

    Craniossinostose coronal esquerda
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    Esta foto mostra uma criança com craniossinostose coronal esquerda causando acentuado desvio sagital, distopia vertical e grave ressalto frontal direito.
    © Springer Science+Business Media

    Referência em relação à craniossinostose coronal

    1. 1. Sharma VP, Fenwick AL, Brockop MS, et al: Mutations in TCF12, encoding a basic helix-loop-helix partner of TWIST1, are a frequent cause of coronal craniosynostosis. Nat Genet 45(3):304–307, 2013. doi: 10.1038/ng.2531. Epub 2013 Jan 27. Clarification and additional information. Nat Genet 45(10):1261, 2013.

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